𝗔 𝗚𝗶𝗿𝗹𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱 𝗙𝗼𝗿 𝗧𝗵𝗲 𝗖𝗘𝗢

𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 6

Saio da universidade e avisto León perto de seu carro, no outro lado da rua. Ele parecia mais relaxado e seguro, ele sorri ao me ver caminhando em sua direção, seu sorriso é tão lindo que quase me faz perder o ar.

Atrás de alguns carros estacionados na rua, eu consigo ver alguns paparazzis de olho em nós. Respiro fundo, hora de começar minha atuação.

- Olá, meu amor. - León fala assim que eu me aproximo. Me sinto um pouco estranha ao ouvir essas palavras "meu amor"

- Você não deveria está trabalhando a essa hora? - Pergunto com a testa franzida.

- Sim, eu deveria, mas é que eu não consegui esperar até a noite para te ver, então decidi surpreendê-la.

- Você é um fofo. - Sorrio.

- Sabe o que é mais fofo? - Ele pergunta.

- O que? - Ao invés de falar, ele me puxa pela cintura e junta nossos lábios. No começo eu fico imóvel por ser pega desprevenida. Seu beijo era apaixonado. Mas era só atuação, eu sei disso. Suas mãos me seguravam firme, seus dedos pressionando meus quadris. Apesar das roupas que estamos vestindo, posso sentir o calor de seu corpo contra o meu. León interrompe o beijo e sussurra.

- Dê a eles só mais alguns segundos e já podemos ir. - Ele se refere aos paparazzis que nem se esforçam para se esconderem. León me dá um sorriso antes de me beijar novamente.

[...]

No momento em que entramos no carro, o comportamento dele muda. León estava calmo e tranquilo, como se nosso beijo não o tivesse despertado. Mas, ao mesmo tempo, eu o pego me olhando com uma olhar de indagação.

Continuamos o caminho em silêncio e chegamos à Vargas Corporation, ele educadamente me acompanha até o seu escritório.

- Ótimo trabalho em nosso primeiro beijo em público. - Ele fala fechando a porta atrás dele.

- Obrigada. Seu beijo foi uma surpresa agradável... Quero dizer... - Sinto minhas bochechas esquentarem quando dou-me conta do que eu acabei de falar.

- Eu tive muita prática. - Ele pisca um olho. - Além disso, tudo faz parte do trabalho. Você sabe que nosso contrato permite beijos e outras liberdades menores. - Ele fala sentando em sua poltrona e eu sento-me de frente para ele.

- Claro.

- Mas isso é apenas o começo. Não hesite em incluir algum contato físico no meio. Você nem sempre precisa esperar que eu tome a iniciativa.

- Não se preocupe, eu sei as regras.

- Ótimo. Siga as regras, mas não deixe que elas a impeçam de ser convincente.

- Convincente?

- Bem... Sim. Estamos fazendo isso para o público. Então, o que estou dizendo é que beijos são bons, toques sutis são bons... Mas escandalosos e vulgares não são.

- Entendi. E nós iremos sair hoje?

- Sim, iremos almoçar no restaurante francês que eu costumo frequentar. Minha equipe já "vazou" essa informação para a imprensa. Você notará alguns paparazzis ao nosso redor, mas por favor, aja como se não os visse.

- Ok.

[...]

León pega minha mão e posando como dois pombinhos, entramos no restaurante mais chique que eu já fui. Quando já estávamos sentados, olho para o cardápio, percebendo que eu nem conseguia pronunciar os nomes dos pratos.

- Violetta? Você está bem? - León pergunta após ver minha expressão confusa.

- Este lugar é tão caro.