𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 3

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- Desculpa, mas, eu não estou te entendendo. - Franzo o cenho.

- Ok, eu vou te explicar. Você conhece o meu chefe, Leon Vargas? - Esse é o cara que eu literalmente encontrei hoje de manhã.

- Sim?

- Então, ele precisa de alguém para fingir ser a namorada dele por cerca de dois mêses. E durante esse período, você receberá um pagamento mensal.

- Ludmila, que tipo de garota você acha que eu sou? - Falo levantando-me. - Isso soa um pouco... Estranho.

- Você não será paga por sexo, apenas para esclarecer as coisas. Você será paga para sorrir para as câmeras ou segurar a mão dele quando outras pessoas estiverem por perto. Além disso, você terá as vantagens de ser a namorada de León Vargas.

- Espera um pouco... Por que León Vargas, o grande CEO, pagaria uma pessoa para fingir ser a namorada dele? Tenho certeza que ele poderia encontrar uma de verdade em um piscar de olhos.

- O problema é que ele não quer uma namorada de verdade. Ele quer um relacionamento digamos... Temporário e com regras. E tem que ser com uma desconhecida.

- Bem, na verdade...

- O que?

- Na verdade, León e eu não somos completamente desconhecidos. Eu já o encontrei uma vez.

- Onde? - Ela parece surpresa.

- Ele visitou nossa Universidade e acidentalmente nos esbarramos.

- Hum.... Isso é perfeito. - Ela sorri animadamente. - Poderíamos até usar essa história, mas preciso pensar nisso melhor.

- Ei, eu ainda nem concordei com isso.

- Mas por que você recusaria algo assim? Essa é uma chance única.

- Exatamente. - Essa oferta de namorar León Vargas é muito estranha... Estranha até demais.- Isso é uma pegadinha, não é? Me diga, Ludmilla, onde está a câmera escondida? - Falo olhando ao redor de sua enorme sala, procurando a tal câmera.

- Isso não é...

- Eu já assisti vários filmes e séries colegiais e sei muito bem reconhecer esse tipo de brincadeira boba. Primeiro você fará com que eu aceite e depois mostrará o vídeo para seus amigos.

- Violetta, eu não tenho nada contra você. - Ela fala em um tom sério. - Por que eu perderia meu tempo com uma brincadeira como essa?

- Bem, eu não sei. Mas isso não significa que devo confiar em você.

- E por que não?

- Nós nunca fomos amigas.

- Eu sei, mas você é perfeita para esse papel.

- Eu ainda acho isso muito suspeito. Tô fora. - Pego minha bolsa e me viro para sair.

- Isso não é uma pegadinha. - É a última coisa que eu ouço de Ludmilla, antes de fechar a porta atrás de mim.

[...]

Chego em meu apartamento e me jogo em minha cama, segundos depois, meu celular toca.

Atendo, apenas para receber uma notícia inesperada. Meu pai levou um tiro e está no hospital.

Pego minha bolsa e saio do apartamento as pressas.

Meu pai é polícial. Depois que minha mãe morreu, ele me criou sozinho. Quando precisei me mudar para perto da faculdade, ele me ajudou... E mesmo que não nos vejamos tanto quanto antes, ainda éramos muito próximos.
Eu sabia que o trabalho dele era perigoso... Mas eu esperava nunca receber esse tipo de ligação.

𝗔 𝗚𝗶𝗿𝗹𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱 𝗙𝗼𝗿 𝗧𝗵𝗲 𝗖𝗘𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora