Feri-me com essas flechas.
Ferindo as minhas feridas.
Magoando a minha cabeça a beças.
E ainda ousando a me chamar de querida.
Mas não sou seu amor, nem sua amiga.
E não mais serei a pessoa que briga e te abriga.
Morará sem lar ao breu da rua.
Pensará duas vezes em me chamar de sua.
Se um dia a ti eu pertenci.
Vejo que você mesmo caiu em si.
E percebeu que a louca sou eu.
De ter sonhado um dia, chamar esse seu coração de meu.
E desse seu fingindo amor eu não me convenço.
O meu ser diz: Não pertenço.
Ao seu senso de pertencer.
Pois sei que nunca pertenci a você.
_EU, poeta_