Voa que voa.
Voa que voa a toa.
De volta para o ninho.
Sem se lembrar o caminho.
Ele vem pelas folhas das árvores.
Abençoando o vento com seu piado.
Ele pia pois seu coração foi liberto.
Havia sido numa gaiola de dores aprisionado.
E agora o mundo para ele está aberto.
E miragens não o perturbam mais.
Pois passarinho, eu cansei de te ver sofrer.
Abra suas asas e voe em paz.
Minha gaiola nunca foi prisão.
E muito menos o seu lar.
Voe e busque o seu coração.
E volte se achar o meu em algum lugar.
_EU, poeta_