O mar vem, e para quê vem?
Suas ondas para o bem.
Águas que molham teus pés.
Com seus sais agrupados e fiéis.
Se eu fosse uma sereia alheia.
Eu morreria por ele.
Me prenderia na areia.
Para não me afastar dele.
O mar é como uma orquestra.
Ser d'água que quer falar.
Com seus movimentos, ela é maestra.
Da água eles querem escutar.
Querem tocar, querem sentir.
Querem beber, querem partir.
Disse eu, uma vez:
Se o mar fosse de doces águas.
O mundo se perderia em mágoas.
O corte cortês das ondas, talvez, não seriam contadas.
De ondas que seriam provadas.
E o mar estaria entre nós.
Em nós.
Mas assim sentiríamos a falta.
De sentir a maré alta.
Desmanchar em nossos pés.
Pois o mar é um convés.
Onde nós guardamos lembranças.
E nos refrescamos delas.
Herança de maré...sia.
_EU, poeta_