Uma vez alguém me disse.
Que eu não era os livros que leio.
Mas se esse alguém me visse.
Saberia de onde essa minha criatividade veio.
Criatividade que oras és magnífica.
E que oras és vilã.
Que em momentos não são pacíficas.
Mas jamais serão em vãs.
E minha vida é esse livro aberto.
Abusando do meu livre arbitro.
Pois o que destruí em mim eu não conserto.
Morrendo em dramas nos meus capítulos.
Nos livros, eu digo.
Eu consigo, eu vivo.
Do meu jeito, meus enredos.
Eu já não tenho mais tantos medos.
Pois o livro que por mim foi escrito.
Eu sei de có o que é verdade e o que é mito.
Mas temo eu, dos livros que não escrevo.
Abandonados enfim ao relevo e sem um fim.
Quem sabem pensam em se vingar de mim.
_EU, poesia_