Eles tiram muito sarro.
Do meu linguajar e do meu bairro.
Mas se eu não tivesse essa força.
Eu não seria a mesma moça.
Soteropolitana.
E eu iria para a minha Bahia.
De lá não mais teria a ousadia.
E jamais sairia.
Baiana é a criança que dança.
Baiana é a criança que na infância.
Canta Romaria para a tia.
Canta no Pelô para o avô.
Canta lá no rio o para tio.
E fingi que ninguém ouviu.
Ela a Caetanar no luar.
Ela sambar no mar.
Pois ela vive para viver e brilhar.
E diz AXÉ para a ti desejar.
Um bom dia na minha Bahia.
Um bom dia em Salvador, meu lar.
_EU, poeta_