Lágrimas no olhar do vazio.
De quem vive de lastimar.
De quem anda a mumurar.
Lágrimas a lacrimejar.
Não me esqueça, jamais.
Não deseje a minha paz.
Porque a paz é longe de ti.
E eu não quero ver você partir.
Frágil é esse o meu amor.
Que não tem forças para te curar.
E não sabe viver sem te deixar.
Te deixar ir para longe.
Longe de onde habita.
Habita minha alma ardente.
Que arde para ti.
Que anseia por ti.
Que vive para te querer.
Que morre se esse amor morrer.
E como morrerá se a esperança acabar.
De um dia te ver chegar.
No meu vazio hábitat.
Voltando assim para mim.
Nesse meu vazio de eus.
_EU, poeta_