Eu sinto o cheiro da chuva.
Da chuva de prata.
Caindo sobre minha face.
Transformando choro em ágata.
Sou sua menina gata.
Deixe-me enlambuçar de você.
Eu sinto o cheiro do ato.
Atos molhados de amor.
Amor que ama no mato.
No manto do seu cobertor.
E eu sinto tantas saudades.
Dos nossos tempo de chuva.
De fazer todas as suas vontades.
De brincar de negra-viúva.
Mas agora, lá fora, faz sol.
E não nasceu comigo ao seu lado.
Ninguém bagunçou o seu lençol.
E eu sei que você ficou dia e noite acordado.
Chamando a mim de amor.
_EU, poeta_