Muitas vezes eu me impressiono.
Da forma que eu lidei com o meu social abandono.
Muitas vezes me vi calada.
Mal sabendo que em mim viva um conto de fadas.
Contos onde eu nunca era criança
Contos em que ninguém precisava da esperança.
Um mundo onde era possível a ilusão
De transformar a solidão em perfeição.
Na verdade, perfeito não era a palavra de ouro.
Era ser o ser maravilhoso e duradouro.
Que duraria para sempre, até onde eu quiser.
Era escolher ser criança ou mulher.
Era ter de viver um prêmio.
Nesse mundo boêmio.
Uma coisa eu deveria ter dito!
A uma controvérsia nesse titulo.
E ainda há muita coisa que eu teria que contar.
Que o meu conto de fadas é o meu bem-fadar.
_EU, poeta_
