➤ 12. - Confusion.

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── Como estou? — Bailey questionou, ao se virar para mim.

Estava lindo. Pena que toda essa produção não era para mim.

── Está lindo, como sempre. — forcei um sorriso.

Era desagradável demais para mim vê-lo sair pela milésima vez com a mesma garota. A possibilidade deles começarem a ter algo exclusivo, permeava minha cabeça, me apertando o coração.

── Estou mesmo? — assenti, sorrindo verdadeiramente. ── Devo levar algo para ela? — perguntou-me animado. ── Faz algumas semanas que estamos saindo e ainda não lhe dei nenhum presente. — passou as mãos pela trilionésima vez sobre o topete exageradamente arrumado.

── Primeiro, para de passar a mão no que já está perfeitamente bem alinhado, isso está me dando agonia. — tirei as mãos dele do próprio cabelo. ── Segundo, vocês não são namorados, não é necessário presentes. Mas se quiser levar flores, é algo agradável. Toda mulher gosta. — sugeri a contra gosto.

Não podia demonstrar que suas saídas constantes com Nour estavam me desagradando.

── Eu já disse que te amo hoje? — se virou para mim, beijando minha testa.

Neguei, com um meio sorriso.

── Te amo, te amo e te amo. — ele me abraçou forte. ── Obrigado gatinha. — piscou para mim, pegando a carteira que estava sobre o móvel de seu quarto.

── Não há de quê. Também te amo, Bay. — pronunciei, sorrindo.

── Ok, eu compro rosas vermelhas ou brancas? — perguntou indeciso.

── Vermelhas.

── Tá bom, obrigado. Já estou indo, beijos, amo você. Se cuida e qualquer coisa me liga. — beijou o ar, antes de sair correndo.

Me joguei na cama, um pouco chateada. Talvez muito.

O travesseiro parecia minha única e melhor companhia naquele momento.

Eu estava confusa, mas sentia que as coisas estavam começando a mudar dentro de mim. O ciúme exagerado, as sensações estranhas quando estamos juntos, quando ele me beija, ou até mesmo quando nossos corpos estão conectados.

Tenho tentado evitar, mas o nosso nível de intimidade um com o outro, me deixou misturar as coisas.

Fechei os olhos com força, pretendendo dormir, já que eu não tinha nada de melhor pra fazer. Preferia sonhar do que chorar horrores por alguém que deve estar se divertindo com outra nesse momento.

Quando estava prestes a adormecer, a campainha tocou.

Será que Bailey esqueceu alguma coisa?

Pensei, me levantando rapidamente, sentindo uma tontura me invadir.

Droga! Eu e minha mania de levantar rápido dos lugares.

Segurei na quina da porta e esperei minha visão voltar ao normal.

Caminhei devagar até a porta da sala e a abri sem delongas, dando de cara com dois rostinhos animados em minha frente. Muita comida e dvd's com filmes de terror.

Dei um sorriso largo.

── Você não mandou eu entrar, mas já estou entrando. — Josh adentrou em meu apart, se jogando sobre o sofá.

── Josh! — Savannah o repreendeu, me arrancando uma risada. O loiro deu de ombros.

── Pode entrar, Sav. — sorri, dando espaço para ela, que entrou em seguida.

── Acabamos de sair do restaurante, queríamos vir ver você. — Josh disse, sorrindo fraco.

Depois de Bailey, os dois eram as pessoas em quem eu mais confiava.

── Seu casal rebelde veio te consolar. — Savannah disse, sorrindo. Me abraçou forte, juntamente de Josh, me fazendo sentir-me confortável nos braços de ambos.

── Amo vocês, seus orgulhosos. — falei, quase choramingando.

Nos separamos e Josh se jogou descaradamente sobre o sofá.

Sav escolheu um filme de terror pesadão. Colocamos o play e começamos a assistir e comer tudo que eles haviam trazido.

Rimos, e nos divertimos bastante.

Neste dia, Bailey não voltou para casa.

Chorei como um neném frágil que acabara de se estabacar no chão. Acabou que Josh e Sav dormiram abraçados comigo na cama.

𝐈𝐦𝐩𝐨𝐬𝐬𝐢𝐛𝐥𝐞  ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂Onde histórias criam vida. Descubra agora