𝐈𝐦𝐩𝐨𝐬𝐬𝐢𝐛𝐥𝐞 ͟͞➳ 𝓙𝓸𝓪𝓵𝓮𝔂

➤ 28. - You are sad.

Joalin Loukamaa.

As palavras ditas por Bailey vieram me atormentar na manhã seguinte.

"Não quero que chore por mim. Não quero que sofra por mim."

Como ele pode me pedir isso? Ele não tem o direito de me pedir nada. Eu não tenho controle de minhas emoções, e não é uma coisa que se cura tão depressa. Não é algo que passou despercebido, é algo que me machucou profundamente e dói.

Chorar se tornou algo frequente para mim. Eu sempre estou pensando nas palavras de Bailey, elas sempre permeiam minha mente e toda a tristeza e dor parece retornar mais forte.

Era 3 horas da manhã. Pouco mais de meia hora para Bailey ir viajar. Eu já estava pronta, encarando a janela do apartamento. A madrugada estava parcialmente nublada, e o frio estava razoável.

Ele estava no quarto terminando de se arrumar, pediu para que eu o acompanhasse até o aeroporto para que eu trouxesse o seu carro. Aceitei sem hesitar, pois eu queria vê-lo antes de partir.

── Vamos, estou pronto. — ele disse baixo, arrastando as malas até a sala. Eu sentia que ele estava distante, e aquilo chegava a ser ainda mais doloroso para mim.

Assenti, sem responder coisa alguma. Peguei a minha bolsa e ajudei-o a carregar as malas até o estacionamento do prédio.

O percurso inteiro até o aeroporto foi silencioso. O clima estava estupidamente estranho e fico me perguntando o porquê de eu ter dito o que estava sentindo para ele. Seria melhor se eu tivesse ficado calada.

── Você está triste.. — ele comentou pela primeira vez, olhando-me pelo retrovisor.

── E como você queria que eu estivesse? Sorrindo? — suspirei, encostando minha cabeça na janela do carro.

── Desculpa.. Nunca foi a minha intenção te machucar, eu juro. — disse sincero. Eu sorri em desânimo. ── Prometa que vai me mandar mensagens todos os dias para eu me certificar que está bem.. — pediu. Seu olhar era distante e triste.

── Serão apenas cinco dias, Bailey. Não será necessário, eu ficarei bem. — falei simplesmente, sentindo uma lágrima quente escorrer pelo meu olho direito, que estava escondido na janela.

── Mas eu quero que me mande mensagens.. — ele mordeu os lábios em frustração. ── Preciso de notícias suas, Lin. — ele me olhou, quando o sinal fechou.

── Tudo bem. — assenti em concordância.

O silêncio se instalou novamente, e nenhum dos dois puxou mais nenhum tipo de assunto. A sensação de tê-lo distante de mim em alguns minutos, permeou meu peito, quando chegamos no aeroporto.