Estocolmo - Romance Lésbico (Concluído)

Capítulo 9

Depois que se amaram ali, naquele cativeiro, talvez pela última vez, Aurora tem a certeza absoluta de que ama Luíza.

Tem já decidido dentro dela, que irá  lutar pelo amor de sua sequestradora!

Do outro lado da história,  Luíza sente-se confusa depois de tudo que ocorreu entre ela e Aurora. Jamais sentiu tanto prazer em uma relação sexual, como o que a garota de pele alva lhe proporcionou.

Mas briga, incessantemente, com seu íntimo, por se sentir encantada por uma outra mulher, uma “riquinha” como Luíza mesmo diz. Para ela, Aurora vai esquecê-la brevemente, pois tudo tratou-se apenas, de uma experiência nova para a garota.

Entendam, amadas leitoras, Luíza meio que passou a desacreditar do amor. Tamanhas foram suas experiências românticas desastrosas que, para ela, Denis soa como um protetor. Ela não se permite viver de ilusões! Tudo pra ela, é preto no branco. Resultado de sua vida difícil, com uma família problemática, onde o carinho não existia. Quando criança, presenciou várias vezes ,sua mãe ser agredida por um pai alcoólatra. Ela criou esta autoproteção, de não se permitir. E Denis foi alguém que lhe estendeu a mão numa hora difícil. Mas, a mesma mão que a afaga,  constantemente a agride. Luíza não consegue distinguir amor, de posse. Para ela, Denis tem o direito de “corrigi-la”.  Triste isso , não ,  amadas?!

Vamos voltar a Aurora, que está sentada no chão do seu cativeiro. Tem suas pernas dobradas, onde deposita seus braços cruzados,  ocultando neles sua face. Uma expressão corporal de desânimo e tristeza.

Denis adentra bruscamente o cômodo, já agarrando o braço de Aurora e fazendo-a levantar-se. Amarra firme as mãos da garota para trás.

Aurora reclama neste momento:

---Ei! Me solta, seu filho da puta!

Denis coloca o capuz em Aurora neste momento.

---Cala a boca , patricinha! Vem, vadia! Teus coroas pagaram a grana pra ter a sapatazinha deles de volta!

O sequestrador vai puxando Aurora pelo braço por todo o corredor.

---Cadê  a Luíza? Eu preciso falar com ela.

Denis pára subitamente. Agarra o pescoço de Aurora com uma das mãos, apertando ao ponto dela quase não conseguir respirar.

---Esquece a minha mulher, sua sapata! Ela não gosta de b..... , não ! Ela prefere uma r... bem grande! Eu conheço bem a Luíza e sei como ela gosta! Ôo se gosta!

Denis solta o pescoço de Aurora neste momento.

Aurora sufoca pelo ato e começa  tossir, assim que Denis deixa o seu pescoço .

Quando consegue recompor o ar em seus pulmões, Aurora começa a gritar ,na intenção de que Luiza a ouça:

---Luíza, deixa eu te salvar! Me salva!

Aurora sente uma pancada em sua cabeça e tudo se torna escuro.

Luiza está no seu quarto e escuta Aurora. Neste momento, ela começa a chorar pelas palavras ouvidas. Mas, não tem coragem para enfrentar,  sentindo-se fraca diante da situação!

O desespero toma conta dela, quando  escuta o som da  pancada e, seguidamente, Aurora cair no chão.

Luíza então,  chora copiosamente de culpa e, também, por pena de sua amada Aurora.

Neste momento, ela tem a real noção de que não a verá nunca mais.

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Aurora vai despertando lentamente, sente o latejar em sua cabeça. Percebe que suas mãos estão desamarradas.
Retira o capuz de sua cabeça.

Percebe que não se encontra mais em seu cativeiro. Olha em volta, ainda tonta pela pancada em sua cabeça, mas, ainda assim, constata que está sozinha em uma estrada escura e abandonada.

Levanta um pouco a cabeça , e consegue ver , ao longe, algumas luzes piscantes.

As luzes vão se aproximando, o que a faz identificar que se tratam de vários carros de Polícia e uma ambulância.

Tenta ficar acordada, mas quando vê que várias pessoas vem ao seu socorro,  Aurora vai perdendo os sentidos lentamente.

Tem alguns "flashes" sendo colocada numa maca, depois entrando em uma ambulância,  escuta um chôro feminino ao fundo.

---Consegue lembrar seu nome?

Um rapaz, já dentro da ambulância, pergunta para Aurora.

---Sim. Aurora.

---Vamos te ajudar, Aurora! Vou colocar um oxigênio em você.  Tudo bem?

Aurora assente com a cabeça.

Novamente, Aurora volta a perder os sentidos.

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Três dias se passaram desde o resgate. Aurora seguia internada no Hospital Samaritano.

A pancada em sua cabeça, gerou um inchaço no cérebro, que a fez ficar em um coma induzido para reduzir o trauma.

Vai abrindo lentamente os olhos. O incômodo da iluminação clara, faz suas pálpebras doerem.

Olha em volta, e percebe que está num quarto de hospital.

Vê sua mãe sentada, de cabeça baixa, em uma cadeira ao lado.

Tenta se mexer, mas sente o braço direito ligado a um pedestal com um soro, que pinga lentamente.

---Você acordou, moya printsessa! – a mãe de Aurora, ao percebê-la acordada, se dirige a filha com carinho.

---Quanto tempo estou aqui?

---Três dias,  filha.

---Já... pegaram eles? -Aurora apenas queria saber alguma notícia de Luíza.

---Ainda não,  querida! Mas, seu pai vai mover céus e mares para acabar com aqueles bossais!

Aurora sente o coração apertar e se entrega a um chôro desesperador.

A mãe de Aurora a abraça, sem imaginar o motivo da dor de sua filha
.
---Calma, Aurora! Você passou por muita coisa! Vou pedir um sedativo para a enfermeira. Precisa se acalmar, meu bem! Vai voltar pra casa logo e tudo voltará a ser como antes. - diz enquanto acaricia os cabelos desgrenhados de Aurora.

Se sua mãe soubesse o que fazia Aurora se entregar ao pranto naquele momento!

Chorava pela falta de Luíza e também pelo medo do que poderia lhe acontecer. 

O que Aurora não queria, era que tudo voltasse a ser como antes!

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Olaaá! 
 
E agora , amadas leitoras?
Como Aurora vai fazer para encontrar Luíza ?
Aurora não quer mais a vidinha de antes dela. Tudo o que ela precisa agora é de Luíza.

Não esqueçam de votar. É uma forma de prestigiar minha história.

Gratidão!

Bjos🦋