LUÍZA
Não sei como fui me meter nessa roubada! Eu não queria participar desta loucura em sequestrar a filha de um figurão. Mas Denis, meu namorado, praticamente me obrigou!
Ele disse que precisariam de uma mulher no grupo, para cuidar exclusivamente da refém, enquanto eles se encarregariam da execução do plano. Denis confessou que eu fui a primeira pessoa em que ele pensou para tal função no grupo. Disse que achava que eu conseguiria, porém se eu não me sentisse capaz em fazê-lo, ele se encarregaria de procurar outra garota que fizesse.
Não poderia decepcioná-lo. Então, agora estou aqui. Sendo babá da patricinha russa.
Acho que , além da insegurança, o ciumes me motivou a participar do plano. Vi as fotos da garota e ela é uma loira bem bonita, com um corpo escultural.
Mas , paciência! O que está feito, está feito. Não tem volta.
O jeito é cuidar da bonequinha, que está parada na minha frente agora, esperando as minhas ordens.---Tire sua roupa. Vou te ajudar a tomar um banho.
Vi que ela tinha um pouco de dificuldade em fazê-lo, devido as mãos amarradas e também creio que ela esteja meio acanhada.
Fui ,então, em sua direção :---Vou soltar uma de suas mãos, pra te ajudar. Mas, promete que não irá tentar nada?
A garota assentiu com a cabeça.
Soltei, como combinado, uma de suas mãos, e comecei a despi-la. Tirei a jaqueta que cobria seu corpo, pude notar que a camiseta branca logo abaixo estava úmida, provavelmente pelo suor, percebi que seus seios eram de um tamanho considerável, estavam aparentes devido a roupa molhada.Nunca me peguei admirando o corpo de outra mulher, mas aquela garota mexeu comigo. Não sei se foi a sensação em tê-la ali, submissa a mim, amarrada e eu tirando sua roupa.
Fiquei excitada com a situação, afinal seu corpo era esplêndido! Imaginei minha mão percorrendo toda aquela pele alva. Pára, Luiza! Enlouqueceu! Você é hétero! Desejar a refém, agora já era o cúmulo!---Vem. Aqui tem uma banheira. Entre com cuidado!
Conduzi a garota até a banheira, apoiando-a para entrar. Senti um roçar sutil de seu mamilo em meu braço. A sensação me trouxe algo novo, uma excitação diferente de tudo que já havia sentido. Mesmo suada, a pele da princesinha russa tinha um cheiro doce, suave. Ai, Luiza! Você deve estar louca!
Foquei, então, na minha função ali em ser babá da boneca.Ela se sentou na banheira. Depositei um sabonete em sua mão. A garota começou, displicentemente, a deslizá-lo pelo seu corpo, sem suspeitar o que aquele ato causava em mim! Fui acompanhando, involuntareamente, o percorrer do sabonete em sua pele alva. Meu corpo começou a dar sinais do que aquilo me causara, minha intimidade pulsava, denunciando meu grau de perversão no momento. Minha respiração foi acentuando-se. Não tinha mais controle sobre mim! Droga! E se a garota percebe? Vai achar que sou uma tarada, e que eu quero abusar dela!
---Me ajuda com meus cabelos! - a garota se dirigiu a mim, me tirando daquele transe infernal!
Peguei o sabonete em suas mãos, o mesmo sabonete que, segundos atrás, deslizava por sua pele e me posicionei ,em seguida, atrás dela.
Antes de começar a lavá-los, não pude resistir! Toquei seus cabelos loiros, deslizando minha mão por entre seus fios, saindo quase como um carinho. Percebi um suspiro ser exarado por ela. O que me fez retomar o controle da situação, voltando a minha função ali, que era cuidar dela.
---Me desculpe por ter agido bruscamente , quando te fiz comer! Eu não posso deixá-la ficar fraca.
---Tudo bem. Eu estava com fome, mesmo negando !
Sorri, sem perceber, finalmente estávamos tendo um diálogo. E isto me fazia bem.
Lavei seus cabelos delicadamente. Percebi que a garota estava mais relaxada. Enxaguei-os e dei por encerrado aquele banho que me fez ter sensações inimagináveis!
Levantei-me já pegando a toalha e a entregando à garota, que já estava deixando a banheira. Ajudei-a se enxugar, pois ainda tinha uma mão envolta pela corda.
Vesti uma camiseta limpa nela e uma calça de moletom. Estranho! Mesmo com uma roupa simples, ela ficava linda!
Sentei a garota na cama e passei a pentear seus cabelos. Notei que as cordas haviam machucado seu pulso. Deixei o cômodo e voltei em seguida, com uma pomada para passar em suas feridas. Sentei-me ao seu lado, segurei em seu pulso e, delicadamente, fui espalhando, com a ponta de meu indicador, o remédio.
Ela olhou para mim. Mesmo vendada, senti minha espinha congelar com aquele olhar!
---Obrigada! -sussurrou.
---Por nada!
---Por que entrou nesta? Me parece uma boa pessoa.
Droga! Que tipo de pergunta era aquela?
---Acho que a falta do dinheiro nos submete à certas coisas.
---A presença dele, não me ajudou muito! Olha onde vim parar!
---Como pode reclamar? Nasceu em berço de ouro. Nunca passou por privações!
---Nao sabe da minha vida! Apenas supõe !
---É bem diferente da minha!
---Como sabe? Através de noticias de jornais mentirosos?
---"D" me contou sua história.
---"D" é seu namorado? Ele é quem te obrigou a fazer isto?
---Ele é meu namorado sim. Mas nao me obrigou a nada, fiz porque quis. Queria apenas ajudá-lo.
---Relacionamento abusivo nos convence a fazer certas coisas!
---Como ousa?! E o que você sabe sobre relacionamento abusivo, sua patricinha metida a besta?! - eu disse já me levantando, furiosa pela ousadia desta garota!
---Mais do que você imagina! Relacionamento abusivo não se enquadra apenas no amoroso. Pode surgir em outros laços, na amizade , entre pai e filho, vice e versa.
---Vai me dizer que a dondoquinha foi abusada pelo paizinho?
---Não da forma como você se refere, mas sofro abusos psicológicos, por não ser como eles.
Percebi a sua tristeza ao terminar de falar. Pôxa! Senti tanta pena dela!
---Pode parar! - ela continuou - não preciso te ver, para saber o que está pensando agora: "Pobre menina rica!" . Não precisa ter pena de mim!
---Não estou com pena, Aurora!
---Sabe meu nome e eu não sei o seu. "L" é de Laura?
---É melhor não saber meu nome.
Ela continuou. Que insistente esta garota!
---Seria "L" de Luana? Luciana? Letícia? Laurinda? Luíza?
---Melhor a senhorita ficar quieta. Depois eu volto com seu almoço.
---É Luíza! Tudo bem , "Luíza"! Obrigada por cuidar de mim, "Luíza"!
---Irritante! - falei sorrindo e fui deixando ali aquela garota que mexia comigo de uma forma diferente.
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Estocolmo - Romance Lésbico (Concluído)
RomanceA vida é mesmo surpreendente! Aurora é uma garota tímida, que sempre foi retraida e encontrou dificuldades em se encontrar como pessoa. Sendo filha de um diplomata russo, o status de vida a que era submetida nunca a agradou, além das cobranças suc...