Menina Misteriosa {Felix}

Rio de Janeiro

Brasil. Escolhemos o Brasil para passar a lua de mel. Vamos ficar no Rio de Janeiro.
Ficamos pesquisando sobre as praias e Ilha Grande chamou mais nossa atenção. Alugamos uma casa de praia.
Também contratamos um guia tradutor, já que não sabemos falar português e nem conhecemos muito bem o Rio de Janeiro.

— Aqui é aonde vocês vão ficar. - O guia diz em inglês.

— Obrigada. - Falo e saio do táxi.

Ajudo Felix com o que posso nas bagagens. Pego a chave da casa e destranco a porta.

Entramos e ficamos admirados com o local.
É rústico, simples, mas tem charme.

Entramos no quarto e nosso queixo cai novamente.

Temos vista para à praia. É realmente encantador.
— Wow! - Digo admirada.

— Acho que não vou querer voltar pra Nova York.

— Se eu não tivesse compromissos lá, eu moraria aqui. Mas, que preguiça de aprender outro idioma.

— Verdade.

Felix me ajuda a arrumar as roupas dentro do guarda-roupa.
Deixo minhas jóias e acessórios dentro de uma gaveta e nossos sapatos arrumados em outro lugar.

— Vamos na praia agora? Por favor. - Felix pede com carinha de cachorro abandonado.

— Vamos.

— Yahoo! - Ele comemora.

(...)

— Uau! Que esposa gata que eu tenho. - Felix assovia e me olha de cima a baixo. Sorri tímida e um pouco afetada por seu olhar penetrante no meu corpo. Não tem nada de mais no meu biquíni, é comum, de cor branca.
Ele está apenas com um short preto, sua barriga chapada está a mostra e isso me deixa com um pouco de ciúmes.

Saímos da casa indo logo para à praia.

Algumas pessoas olhavam para nós dois analisando, outras apenas passavam por nós sem ligar.

Noto alguns olhares sobre Felix, então me aproximo mais dele.
Algumas pessoas cochichavam sobre alguma coisa que eu não entendo, mas deduzo ser sobre mim, já que "YB" foi falado entre esses cochichos.

— Você é YB? - Uma delas fala em inglês.

— Sim.

— Minha família toda é fã de você. Posso tirar uma foto?

— Claro. - Tiramos. Ele agradece e vai embora.

— Vamos entrar na água, antes que venham mais. - Diz Felix e eu concordo.

Ficamos um pouco mais afastados da beira e das pessoas.

Sinto os braços do mesmo me rodearem e me puxar para mais perto. Fazendo-me encostar no seu peitoral.
Faço contato visual e não desvio em momento algum.

— Já te disse que você é linda?

— Sim, todos os dias. - Digo rindo.
Ele também ri. Em seguida encosta sua testa na minha.
Fecho os olhos.

— Você é linda e eu nunca vou me cansar de dizer isso. - Diz antes de me beijar.

Não tem malícia, apenas sentimentos.

Felix sobe sua mão até a minha cabeça e entrelaça seus dedos nos meus fios de cabelo.

Paramos quando o ar falta.
Me sinto um pouco envergonhada por ter beijado em público, mas tudo bem, pelo menos não estávamos nos comendo como muitos casais.

Ficamos abraçados até o sol começar a arder mais e também cansarmos de ficar dentro d'água.

Entramos novamente na casa.

— Quando vamos estrear essa hidromassagem?

— Quando eu não estiver com fome e com sono. - Selo sua bochecha antes de entrar no banheiro.

(...)

Acordo e já estava...

— DE MANHÃ?! - Me levanto abruptamente.

— Por quê você está gritando? - Escuto Felix resmungar.

— Porque eu dormi a tarde inteira até o dia de hoje! - Olho pra minha roupa. E eu estava com a roupa que eu vesti depois de tomar banho à tarde. — Aish, que ódio.

— Deita aqui, ainda tá cedo. - Pego meu celular e ainda são oito da manhã.

— Temos que sair pra tomar café. - Falo pegando minha toalha.

Felix resmunga, mas se levanta e me segue.

— O que está fazendo? - Pergunto vendo ele entrar no banheiro.

— Indo tomar banho com você. - Diz óbvio.

Assenti e retiro minhas roupas.

Entro no box e ligo o chuveiro.
Felix também fica debaixo, abraça meu corpo e suspira.

(...)

Não rolou nada demais no banho. Tomamos banho normalmente.

Agora terminando o café, vamos conhecer um pouco mais da cidade.

Tinha uma concentração de pessoas em um canto da cidade.

Puxo Felix até lá.

Quando chegamos perto, pude ver do que se trata.

Tem uma mulher morena e um homem branco. O homem tocava e a mulher cantava.

— Se ela soubesse que quando ela passa, o mundo inteirinho se enche de graça e fica mais lindo por causa do amor. - Canta em português e eu não entendo, mas pela melodia parece ser algo bonito.

Quando terminam, todos aplaudem.

Paramos para sentar de frente para à praia. Estava ventando e não estava tão quente.

Deito minha cabeça no ombro do loiro.
Ele segura minha mão e leva até os seus lábios, deixando um selar.

— Eu te amo. - Falamos ao mesmo tempo. Ri da nossa sincronização.

— Vamos sair hoje à noite, mas nada de restaurantes caros, tudo bem? - Ele diz.

— Tudo ótimo. Preciso sair um pouco da vida de luxo, cansa. - Suspiro, pensando no quão corrida é a minha vida. Tantas reuniões com pessoas importantes, restaurantes dos mais chiques e essas coisas. Quando morava em Seul, eu tinha tudo isso, mas só quando estava com os meus país. Quando eu estava com os meus amigos, eu podia ser quem eu sou de verdade. E com Felix também me sinto assim.