Menina Misteriosa {Felix}

Oh my god

— Oh my god! - Felix diz de boca aberta ao ver o lugar que vamos ficar.

Eu reservei um "quarto" dentro de um barco, não é um navio claro, mas um barco tipo um cruzeiro. Uma cabine flutuante pode se dizer.

Caminho para dentro do quarto, olhando ao redor.

Tinha um pequeno sofá, a cama de casal grande, alguns vasos com flores, lâmpadas amarelas e na parte da frente do barco tinha uma pequena mesa arredondada com duas cadeiras e duas velas em cima da mesa. Dentro da cabine também tinha uma pequena cozinha, o banheiro era bem grande.

— Incrível! - Felix diz ainda encantado.

— Fico feliz que gostou. - Ele olha pra mim e sorri.

— Eu amei! - Felix desliza suas mãos para minha cintura e trazendo-me para perto.

— Você quer sair hoje?

— Não, quero ficar aqui com você. - Respiro fundo antes de respondê-lo.

— Sabe... eu estava querendo sair hoje, mas sozinha... e-

— Você não precisa se explicar pra mim, sei que precisa de um tempo sozinha, não vou ficar chateado, eu entendo anjo. - Sorri feliz com a sua compreensão. — Mas antes de você ir... eu quero um beijo. - Gargalho achando fofo.

Ponho as mãos na sua nuca e trago seu rosto para perto do meu. Fico na pontinha dos pés, movimento meus lábios lentamente de forma suave e sensual, sinto suas mãos subirem para a minha costa. Passo meus dedos entre os seus fios de cabelo, puxando gentilmente.

Desfaço o beijo, deixando uma mordida no seu lábio inferior.

— Eu... amo você. - Diz ofegante. Sorri ainda com a nossas faces próximas e nossos lábios roçando.

— Tenho que ir, não vou voltar tarde. - Deixo um último selinho e assim saio.

(...)

Eu recebi uma mensagem pelo Instagram, quando ainda estava em Paris. Era o filho do Zak Brown, Éric Brown é o nome do seu filho. Zak Brown CEO da McLaren Racing.

Éric disse que estava assistindo minha corrida por uma vídeo chamada com um amigo seu que estava passando as férias na Coreia, seu amigo sempre ligava quando tinha corridas em que eu estava competindo. Disse que mostrou para o seu pai, que gostou muito de mim, mesmo eu tendo perdido nessa última. Me ofereceu uma oferta muito tentadora e única. Éric quer me patrocinar e ser um tipo de treinador meu, para mim poder pilotar um carro de formula 1.

Me apoio na cerca de aço que impedia-me de cair na água.

Vou passar três horas metida dentro de uma roupa desconfortável, pilotando quase deitada em uma máquina feita sob medida para o meu corpo a mais de 300 quilômetros por hora e suportando uma força brutal de até 25 quilogramas, no meu pescoço a cada curva contornada.

Isso me sobe uma adrenalina inexplicável, meu pai falava que isso era coisa de suicida, ri me lembrando.

Falei a Éric que iria pensar sobre. Sua família estava passando as férias em São Francisco e se eu aceitasse, teria que ir em São Francisco falar com ele e o seu pai.

Se eu aceitar, não vou ter tanto tempo para Felix, vou arriscar minha vida por milésimos de segundos só para ver uma bandeira quadriculada e tomar um banho de champanhe depois.

Sorri imaginando isso.

Fico em pé e caminho até uma sorveteria que tinha aqui perto.

— Only this one. - Aponto para o sabor de chocolate no cardápio. — Obrigada. - Entrego o dinheiro e saio do lugar.