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— Quero que cancelem minha viagem para Berlin. - Falo no telefone com o meu manager, enquanto estou esperando meu voo.

— Por quê? Você precisa estar lá.

— Eu sei. Mas meu namorado sofre um acidente e ele é mais importante do que isso.

— Oh! Agora eu entendo. Pois bem. - Ele limpa a garganta. — Irei cancelar.

— Obrigada Austin.

(...)

— Aonde ele está?

— Já teve alta. Estou aqui no apartamento de vocês com ele.

— Estou indo pra aí.

Entro no táxi e dou o endereço.

Mordo o lábio inferior, apreensiva e com medo.
Respiro fundo.

Parece que estou passando horas dentro desse carro. E o trânsito nem está ruim.

— Obrigada. - Dou o pagamento ao taxista e desço do carro.

Dou um sorriso mínimo para o porteiro do prédio.

Suba pelas escadas.

Chegando no meu corredor, estou ofegante de ter vindo quase que correndo e com uma mala em mãos.

Abro a porta do meu apartamento e ando para o meu quarto com pressa.

Assim que entro, encontro Felix dormindo e Bang Chan sentando em uma poltrona.

Chan me nota e vem me receber.

— Ele está bem, só precisa de repouso. - Sussurra.

— Obrigada por vim Chan.

— Não tem de quê. Bom, eu vou pra sala. - Diz e eu assinto.

Deixo minha mala em canto do quarto. Caminho até Felix.
Dormia como um bebezinho.

Sento-me ao seu lado, passo meu polegar na sua bochecha acariciando. Tiro uma mecha de seu cabelo que estava na sua testa. Deixo um selar na ponta do seu nariz.

Fico feliz em ver ele bem. Não está totalmente recuperado, mas já é um começo ele ter recebido alta. Seu braço direito está quebrado.

Fico em pé. Preciso tomar um banho.

(...)

Quando saio do banheiro, vejo Felix sentado na cama e encostado na cabeceira da cama.
Ele olha pra mim e sorri largo, quase rasgando suas bochechas.

— Vem aqui. - Ele pede, mas eu nego.

— Preciso vestir uma roupa.

— Não. Venha aqui. Você está de roupão.
Solto um suspiro e cedo.

Me aproximo dele que se afasta um pouco, me dando espaço para ficar do seu lado.

— Me diga, como isso aconteceu? - Pergunto olhando o seu braço.

— Eu estava dirigindo perfeitamente, mas um cara bêbado estava contra mão e acabou acontecendo isso. - Ele dá de ombros.

— Escapou da morte.

— O que importa é que você está aqui. - Com o outro braço me puxa para mais perto. Me fazendo deitar minha cabeça no seu ombro.

— O que importa é que você está vivo!

— Também.

Levanto o rosto para olhá-lo.

Nos encaramos por alguns minutos, até Felix fitar meus lábios e trazer meu rosto para si.

Nos beijamos. Um beijo carregado de saudades.
Sinto ele sorrir contra o meus lábios e acabo sorrindo também. Felix segura meu queixo com delicadeza e me beija com mais profundidade.

Quando ele tenta fica mais próximo, eu espalmo minha mão no seu peitoral e o afasto poucos centímetros do meu rosto.

— Seu braço.

Um suspiro frustado sai de sua boca. Encosta nossas tetas e ele fecha os olhos, faço o mesmo.

— Ainda vamos pra Berlin? - Ele fala baixo, por causa da proximidade.

— Não, cancelei a viagem. Você precisa se recuperar.

— Eu só estou com o braço quebrado. - Se afasta e olha pra mim.

— Só? Pelo amor Felix. Podemos fazer outra viagem. Tinha uma corrida importante, mas não tão importante quanto você. E aliás, eu estava com saudades.

Ele rola os olhos, mas em seguida sorri ladino.

— Tudo bem. Você me fez boiolar. - Me dá um selinho. — Eu também estava com saudades.

— Está com fome? - Me levanto e vou até o armário.

— Sim.

— O que quer comer?

(...)

Chan já tinha voltado pra Coreia. E agora estamos sozinhos novamente.

— PORRA! - Escuto Felix reclamar de algo.

Fecho a geladeira e caminho até a sala.

— Você quer jogar com o braço quebrado? - Falo olhando sua dificuldade de segurar o controle.

— É foda.

Solto uma risada.

Vou até o sofá e me deito, colocando minha cabeça na sua coxa.

Fico o encarando e admirando sua beleza. E seu maxilar perfeito.

— O que foi? Por que está me olhando assim?

— Seu maxilar é bonito.

Ele gargalha.

— Meu maxilar? Você nota em cada detalhe.

— Cada mínimo detalhe.

Ele me olha com ternura e sorri.



Autora: Final bosta, mas é o que temos.

Menina Misteriosa {Felix}Onde histórias criam vida. Descubra agora