Menina Misteriosa {Felix}

Berlin

— Vim soltar você, vamos, trouxe roupas pra você se trocar. - Ele joga as peças de roupa em meus braços.

Que diabos está acontecendo?!

(...)

Felix apenas me olha de cima a baixa e me chama com o dedo indicador.

Sigo ele, saindo da delegacia.

— Entra. - Ele abre a porta do carro, mesmo hesitante, eu entro no automóvel.

— Dá pra me explicar o por que de tudo isso?

— Deveria estar me agradecendo... Vamos ir embora do país, nós dois.

— O QUE?! Felix você tem noção do que está fazendo?! Porque eu acho que você não tem.

— Eu sei muito bem o que estou fazendo Yerin! Vamos ir embora porque seus pais iriam tirar você de lá e força você a casar com um cara que da nojo só de olhar. Não sei quem é mas, não é gente boa. E meus pais querem tomar conta da minha vida, totalmente, até o que eu como, estou falando sério.

— E-E para onde vamos? - Tudo isso me deixa assustada, mas mesmo assim estava dando graças ao Felix por ter me tirado de lá antes dos meus pais.

— Não sei, só vamos pegar o primeiro voo.

— E os meu documentos?

— Eu os trouxe.

— E Changbin e Han? - Meus melhores amigos, não posso deixá-los.

— Vão ficar bem, assim que nos fixarmos em um lugar, eles prometeram ir nos visitar. Bang Chan prometeu cuidar deles. - Me sinto mais aliviada. — E eles mesmo falaram que não pretendem sair da Coreia agora, Han quer terminar sua faculdade.

— Entendo. - Desvio meu olhar do seu rosto para a janela do carro.

Okay... agora minha vida vai se resumir em fugir dos meus pais. Que vida adulta incrível.

(...)

Já estávamos embarcando para Berlin.

Nossos acentos ficavam juntos e no final do avião.

Caminho atrás do Felix, não levávamos nada além de uma pequena mochila com roupas do Felix, alguns pertences meus que ele colocou, dinheiro é claro e nossos cartões.

— Vou sentar perto da Janela. - Tento sentar na poltrona mas Felix me segura.

— Eu vou sentar lá.

— Não, eu vou!

— Eu vou. - Seguro seu braço.

— Sai Felix! - Consigo ser mais rápida que ele e me sento no lugar. — Otário. - Mostro a língua e ele revira os olhos.

Felix se senta ao meu lado, visivelmente frustado.

— Trouxe meu celular?

— Não, podemos comprar outro em Berlin.

— Certo. - Fico observando seu rosto e percebo algo. — Você tem sardas! - Falo um pouco alto chamando atenção de alguns passageiros.

— Só agora que você foi perceber?! - Ele parece estar indignado.

— Desculpa mas, eu perdia meu tempo apostando corridas e não olhando o seu rosto.