"Mystery girl" a menina que corria ilegalmente em seu carro apostando corridas pelas ruas de Seul. Felix se viu tentado em descobrir a verdadeira identidade da garota que vencia todas as corridas. Mas algo inesperado acontece, deixando todos surpres...
Conseguimos a guarda de Ruby, depois de quase um mês lutando. Ela já está bastante acostumada com a nossa presença e pronta para ir embora, finalmente ter um lar de verdade.
Ela chama o Felix de pai, mas ainda não me chama de mãe. Me chama de linda, disse que é porque eu sou muito linda e que tenho olhos bonitos.
O quarto da pequena já está arrumado e decorado.
Ela apesar de ter dois anos, entende que somos seus pais adotivos, mas eu espero que ela possa nos amar como se fossemos pais de sangue.
Abro a porta do apartamento e ela quando olha, parece admirada.
Entramos no seu quarto e seu sorriso vai de orelha à orelha.
Ela corre até mim e abraça minhas pernas. Me agacho para retribuir o carinho.
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— Esse é o seu novo quarto. Gostou? - Pergunto enquanto observo ela mexer nas bonecas. Ruby apenas concorda com a cabeça sorrindo.
Felix me chama pra sentar na cama da Ruby.
Me abraça de lado e beija o topo da minha cabeça.
— Nossa família. - Ele sussurra, olhando a garotinha. Ela ainda anda um pouco desajeitada, mas tem equilíbrio o suficiente para não cair.
Me aninho mais a ele.
(...)
Ficamos brincando com Ruby, até ela começar a coçar os olhos e sentir fome. Fiz algo pra ela comer e o Felix colocou ela na cama.
Dorme serenamente na sua cama.
Tenho só mais um mês para aproveitar bastante tempo com Felix e Ruby, porquê depois eu vou voltar para às pistas. Não queria ser uma mãe ausente, mas estou vendo que isso vai acontecer.
Perco a fome ao pensar assim. Levanto e deixo meu prato na pia.
— Estou indo dormir. - Aviso.
— Está tudo bem? - Ele me olha preocupado.
— Sim. Só estou com sono.
— Hum. - Me olha mais uma vez antes de voltar a comer. — Quando terminar de comer, eu vou pra cama.
— Certo.
Faço caminho para o quarto. Entro no banheiro e escovo os dentes. Volto para o quarto e me deito no colchão, me cobrindo com o lençol.
Ruby com toda certeza é uma benção nas nossas vidas, mas o pensamento de não ser uma boa mãe, não sai da minha cabeça. Minha paixão são carros, minha paixão também é o Felix e agora a Ruby. Não quero deixar de pilotar, mas quero ter uma família unida e uma mãe com quem ela possa contar.
Suspiro cansada desses pensamentos. Fecho os olhos e tento dormir.
Escuto a porta abrir e seus passos indo até o banheiro. Continuo de olhos fechados.
Sinto uma respiração perto do meu rosto. Os lábios de Felix roçam na minha bochecha e por fim ele deixa um selar ali. Se deita atrás de mim, seus braços rodeiam minha cintura.
Sim, eu sou a mulher mais sortuda do mundo. Ele me deixa confortável e me faz muito bem.
(...)
Acordo assustada com um choro vindo de fora do quarto.
Olho ao redor e ainda é madrugada. Felix também se assustou. Nos levantamos da cama rapidamente e corremos para o quarto da Ruby.
Estava chovendo e trovejando muito.
Ela que estava chorando. Me aproximo e pego-a nos braços. Balanço meu corpo tentando acalmar ela.
— Estou aqui. - Ela segurava minha roupa com força e chorava soluçando. — Mamãe está aqui.
Passou algumas horas e seu choro parou e só escuto suas fungadas.
— Quero dormir com a mamãe. - Diz chorosa. — Chuva mau. - Então entendo que ela não gosta de dias chuvosos. Pobre criança. E meu coração erra as batidas ao escutar "mamãe".
Olho para Felix perguntando se deveria levá-la.
— Vamos. A cama é bem espaçosa.
Voltamos para o quarto. Ponho Ruby no nosso meio. Me deito e ela volta a me abraçar. Felix sorri. Deposita um selar na bochecha dela e se aproxima.
— Nada vai acontecer com você agora que estamos aqui. - Ele diz e ela concorda.
Faço cafuné em seus cachos e não demora muito para a pequena pegar no sono.