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Curtido por mavigalvani e outras pessoas indialove comportada hoje
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euxama você é realmente Índia? indialove @euxama vivo pelada dançando a dança da chuva na sua cama e você vai fazer o desentendido?
mavigalvani para, você me deixa boiola.
MAVI
Hoje o dia era bem corrido na gravadora e eu juro por Deus que eu tava tentando não me estressar.
— Pessoal? — Chamei a atenção deles.
Estavam todos na maior resenha no estúdio, isso me deixou puta.
— Então, não sei se alguém percebeu, mas eu tô sozinha lá naquela bagunça. Alguém pode ter a gentil atitude de me ajudar? — Perguntei com a voz firme.
Vi eles de entreolhando, mas nenhum tomando atitude nenhuma.
— Ok, gente. Pode deixar eu me viro. — Falei irritada.
Fechei a porta com força e voltei pro lugarzinho onde ficavam as bagunças de papéis.
Comecei arrumar na força do meu ódio. Aqui só trabalha folgado, e acham que eu sou empregada pra fazer coisas que nem do meu cargo é. Só tô dando uma força pro Davi que tá de folga.
— Vitória?
Escutei o Lennon chamar.
Olhei pra porta e vi só a cabeça dele.
— Hum? — Perguntei sem humor.
— Quer ajuda no que? — Ele perguntou dessa vez entrando.
— Pô, coisa aqui é o que não falta pra fazer. — Brinquei e ele analisou a bagunça de papéis. — Mas você pode tentar arrumar as pastas enquanto eu organizo os papéis nela.
Ele assentiu começando a arrumar na estante as pastas que eu já tinha separado.
— Valeu pela ajuda, se eu dependesse daqueles folgados tava fodida. — Falei brava e ele riu.
— Ninguém quis vir te ajudar por você estar de mal humor. O povo tem medo de você. — Ele falou e eu gargalhei alto.
Logo eu, um doce de pessoa.
— Você já conhece a peça né? — Brinquei e ele assentiu quase que freneticamente.
— E sei que cê tá certa... Pelo o menos nisso. — Ele disse a última parte baixo, mas eu escutei.
— Vem não que eu sempre tô certa. — Brinquei e Lennon gargalhou alto.
— Vitoria nunca conheci mais vacilona que tu. — Ele brincou e eu mostrei o dedo.
— Você sabe que apesar das falhas, eu sou pica. — Me gabei e ele fez cara de desentendido.
— Sei de nada disso aí. — Ele falou com cinismo.
Precisei parar de separar os papéis pra encarar ele.
— Escuta aqui queridinho, você era o insuportável da relação tá? — Falei e ele me olhou como se eu tivesse falado a coisa mais absurda.
— EU? — Ele perguntou com ênfase.
Assenti voltando a atenção nos papéis.
— Não podia falar nada que você já começava ain, mas não é assim, não tá certo, isso, aquilo. Mô caretão. — Brinquei e ele riu.
— Até parece que era assim. Eu só reclamou quando o bagulho tá errado, pô. — Ele disse divertido.
— Aí que tá, a sua verdade tem que ser a verdade de todo mundo. Eu tive muita paciência, viu? Santa Daniela de aturar. — Brinquei e ele me encarou com indignação. Precisei segurar o riso.
— Ih nada vê isso. Sou mó tranquilão. — Ele rebateu.
Lennon é o cara com a vaidade mais alta que eu conheço, automaticamente ele vira um pouco egocêntrico. Esse era o pior defeito dele, mas eu achava as vezes bonitinho quando ele ficava putinho quando as coisas não saiam do jeito dele.
— Aham, muito.
Arrumamos tudo e conversamos o tempo inteiro, sem deixar nenhum minuto o clima silencioso.
Já estávamos acabando quando ele chamou minha atenção.
— Maria Vitória?
— Eu? — Perguntei sem tirar os olhos da última pasta.
— Tive uma ideia! — Ele falou animado.
— Também, com a cabeça desse tamanho. — Murmurei.
— Ou! Minha cabeça não é grande não tá, invejosa. — Ele rebateu brincando.
Virei pra ele. Tava curiosa pra saber que ideia era essa.
— Fala aí logo, que ideia foi essa? — Perguntei e ele riu mostrando o celular.
Pelo que eu vi era um show do sorriso maroto que teria amanhã.
— Bora colar? — Ele perguntou com expectativa.
— Óbvio. — Falei sem pensar duas vezes. Nem sabia se tinha alguma coisa pra fazer amanhã, mas eu nunca negaria ir num show do meu grupo preferido.
— Vou falar com a rapaziada. — Ele disse e eu assenti.
— A Dani vai tá em algum lugar? — Perguntei finalizando.
— Não, mas não vai de qualquer jeito. — Ele falou me deixando confusa.
— Ué?
— A Dani odeia pagode. — Ele deu de ombros.
Ok, a Dani acabou de me machucar.
— Cara, isso dói. — Falei dramaticamente.
— Eu sei bem. Ela não suporta escutar sorriso maroto, diz ela que o Bruno força muito a voz. — Lennon disse e eu fechei os olhos colocando a mão no peito.
— Para, está doendo. — Brinquei.
— Beleza, falei com os caras aqui. Amanhã dez horas lá em Botafogo. Vou mandar o endereço no grupo. — Ele disse.
E então eu reparei que o Lennon conseguiu ser gentil comigo por mais de uma hora, sem indiretas ou piadinhas. Tô surpresa.