nada é pra sempre | L7NNON

•Não acho!•

LENNON

  Pra mim é sempre gratificante fazer aniversário, mas não é comparado ao ver todo mundo que eu amo feliz e, comemorando comigo e por mim.

— Qual foi Lennin? — Ouvi o Matheus me chamar de lado.

— Tia Silvana e o careca vem não? — Ele perguntou comendo um salgado enquanto olhava pra multidão dentro da minha casa.

— Vem nada. Eles sabem que isso é mais uma resenha. — Comentei dando de ombros.

— O Léo tá gamadão, né? — Ele apontou com a cabeça pra direção do Léo que não parava de sorrir pra Júlia.

  Caralho que saudade de sentir isso.

— Eu vivi pra ver Léozin apaixonado. — Brinquei.

  Matheus riu concordando.

   Antes eu era o comprometido do trio, eles sempre falaram que eu era emocionado e agora Leonardo tá boiola por uma mulher que ele conheceu há um mês e, Matheus lambendo o chão que a Kethlen passa. Inacreditável.

  Passei os olhos pela sala de novo e vi a porta sendo aberta pela Índia, mas atrás dela tava a Mavi e foi só nela que eu consegui prestar a atenção. Parecia até câmera lenta ela entrando pra dentro.

— Caralho, Mavi tá gata! — Matheus disse do meu lado.

  Apenas assenti. Ela tava linda pra caralho.

— Aí o aniversariante! — Índia falou alto me dando um abraço enorme.

— Cadê a criazinha? — Perguntei vendo que, nem o Geizon e nem a Vitória tava com a pequena no colo.

— A gente deixou ela. — Ela se afastou. — Doeu pra caralho deixar ela, então espero que a festa seja boa pelo menos.

  Dei risada apertando a mão do Geizon e na sequência dando um abraço.

— Feliz aniversário pinguelo. — Ele falou me fazendo rir fraco.

  Geizon tava com essas graças de me chamar os outros de pinguelo, cansei de tentar entender essas paradas.

  Ele se afastou e foi a vez da Vitória vir me cumprimentar. Comecei sentir meu estômago borbulhar e a mão ficar um pouco úmida.

— Oi. — Ela disse meio retraída.

  Depois dos últimos acontecimentos, principalmente deu ter me fechado um pouco pra ela é normal ficar assim, eu ficaria também.

  Abri os braços como sinal de carta branca e ela sorriu de lado vindo me dar um abraço. Maria Vitória pareceu uma criança se aconchegando nos meus braços.

— Feliz aniversário. — Ela falou se afastando um pouco pra me encarar.

— Obrigado. — Agradeci um pouco intimidado.

  O olhar sério dela sempre me deixa assim.

— Te trouxe um presente. — Ela disse se afastando de mim e me estendendo uma sacola.

  Fiquei surpreso.

— O que é? — Perguntei curioso pegando a sacolinha.

— Abre aí, quero ver se você curte. — Ela cruzou os braços me encarando engraçado.

  Abri receoso e vi uma caixinha preta de joalheria.

  Enruguei a testa ficando ainda mais curioso sobre o que era.

— Eu só não trouxe presente porque você também não levou pra minha filha. — Geizon falou alto me fazendo mostrar o dedo pra ele.

— Toma no cu. — Resmunguei rindo.

  Consegui abrir a caixinha e vi um cordão grosso de ouro. O pingente era um leão grande.

— Caralho... Que isso!? — Falei pegando o cordão na mão.

— Curtiu? — Ela perguntou com um sorriso convencido no rosto.

  Assenti.

— Como eu não iria curtir? — Falei colocando o cordão no pescoço.

  Ficamos nos encarando.

— Ótimo, cadê a cachaça? — Geizon perguntou quebrando o clima.

  Apontei pra cozinha e ele concordou.

  Mavi, Índia e Geizon saíram na direção da cozinha e eu fiquei ainda com cara de besta.

— Você e a Mavi deviam ter sido um casalzão. — Matheus murmurou do meu lado.

  Olhei ele meio estranho. Do nada ele solta essa?

— Ué cara, do nada você falando isso? — Perguntei e ele deu de ombros.

— Você tem química mesmo depois de todos esses anos cara. Não queria nem ver quando eram namorados. — Ele comentou rindo e eu também estava, mas fechei a cara na hora por lembrar dela sempre jogando na minha cara que a gente nunca namorou.

  De fato nunca tínhamos tido uma relacionamento rotulado, mesmo eu achando que valeu por um namoro.

— Não acho! — Menti.

  E na real, eu odeio mentir e principalmente pra mim mesmo. Mas meu orgulho agora tá sendo mais forte que eu

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