CAPÍTULO 3

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Boa leitura!


Jimin acordou um tanto desorientado na outra manhã.

Levaram alguns segundos para que as memórias do dia anterior se fizessem presente, e ele notasse que olhos de um castanho obscuro o olhavam com atenção.

Olhos diferentes do que lembrava ter visto antes da escuridão lhe tomar por completo, na ultima vez.

— Bom dia. — Dr. Jung cumprimentou-o, colocando a mão em sua testa com certa delicadeza para checar sua temperatura. Jimin esboçou um pequeno sorriso, levantando-se da cama.

— Bom dia... — seus olhos curiosos percorreram todo o quarto.

— O senhor Jeon precisou ir embora ontem. — Jung respondeu à pergunta muda do menino, que se pôs a encará-lo com as sobrancelhas arqueadas, não entendendo a menção ao estagiário.

— Taemin não apareceu por hoje, também? — mordeu os lábios, olhando em direção à porta, como se esperasse que alguém passasse por ela.

— Você não o viu ontem? — o outro questionou com um semblante impassivo, embora houvesse um fundo de surpresa em seu tom.

Taemin nunca falhava em suas visitas ao namorado. Nunca deixava de vê-lo por um dia sequer, e naquele momento notou já serem dois seguidos.

Jimin franziu o cenho e um bico discreto se fez em seus lábios. Estava começando a se preocupar, querendo saber se ele estava bem.

— Preciso vê-lo... — sussurrou, calçando suas pantufas e tomando a medicação já disposta sob a cômoda.

O psiquiatra permaneceu observando-o por alguns segundos em silêncio, e então lhe bagunçou os cabelos loiros ressecados.

— Não se preocupe demais. — sorriu, querendo apenas que o garoto não deixasse a ansiedade tomá-lo novamente. — Está na hora do café da manhã. Você precisa repor suas energias, certo?

Jung Hoseok havia acabado sua residência com muito êxito, e por mais que fosse responsável por muitos dos pacientes ali, Jimin era como seu protegido pessoal, ainda que aquilo não fosse o recomendado pela ética profissional.

O mais novo inclusive se negava a aceitar ajuda de outras pessoas que não fossem Hoseok, ou Namjoon.

Os dois saíram do quarto, seguindo juntos pelo corredor de tons claros e juntando-se aos demais pacientes no refeitório, onde o psiquiatra precisou deixá-lo novamente sozinho quando o bip passou a dar sinal em seu bolso, anunciando algum caso urgente.

Park sentou-se em uma mesa mais afastada. Não tinha interesse em interagir com nenhuma pessoa dali, afinal, ninguém era confiável o bastante.

Seria um dia normal, conforme o que tinha programado em sua mente, mas aquilo fora atrapalhado no momento em que uma garota se sentou à sua frente abruptamente, sem nem mesmo pedir licença.

ENTROPIA - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora