Dizem que o que nos tornamos quando adultos, é reflexo de como somos tratados durante a infância. Desde nosso caráter, até nossos medos, inseguranças e prioridades.
Para Jimin, um órfão desde sempre, passar por tudo isso fora muito mais difícil. As...
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ALERTA DE GATILHO: O capítulo a seguir pode conter cenas fortes de agressão para algumas pessoas.
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Boa leitura!
[...]
— Ela não teve culpa, foi eu quem fez besteira! — Jimin gritou tentando se aproximar, mas sendo empurrado por um dos homens que estava com o outro e esbarrando o braço na mesa, onde coincidentemente encontrava-se o ferro de passar, ainda ligado.
— Park! — Luna levou ambas as mãos à boca ao ouvir o grito de dor do garoto, dando passos em direção a ele assim com os outros colegas, na intenção de socorrê-lo, já que Amber era segurada por um dos capangas de maneira brusca.
— Senhor Yang, deixe o garoto ir, por favor, não o machuquem ainda mais... — Uma das senhoras pedia abraçada à outra, ambas sentindo compaixão pelo menor.
— Não se atrevam a ajudá-lo, ou irão se arrepender! — O chefe avisou, abaixando-se em frente a Jimin que naquele momento só conseguia chorar pela dor da queimadura em seu braço. — Olhem só para isso, parece que a nossa nova donzela fez uma bagunça muito grande por aqui... — Sorriu abertamente, dando ao garoto a visão de seus dentes amarelados e destaque de ouro em ambos os caninos, contrastando com o hálito de cachaça e cigarro, que faria o estômago do mais novo revirar, se todo o conjunto não lhe trouxesse lembranças específicas.
2 anos atrás
— O que você está fazendo agora, Chim? — Taemin perguntou do outro lado da linha. Naquele dia se encontrariam somente na parte da noite, pois o mais velho trabalharia o dia inteiro, aproveitando o horário de almoço para falar com o namorado. — Esse barulho de fundo não parece o da clínica... —
— É uma surpresa! — O mais novo ajeitou a postura com animação ao mesmo tempo em que seus olhos curiosos observavam o pequeno escritório. — Juro que é algo bom, tenho a solução para os nossos problemas. —
— Mas... O que está aprontando? Não é nada perigoso, certo? Estou trabalhando duro para conseguirmos nosso cantinho e por isso temos passado menos tempo juntos, mas garanto que todo o esforço vai valer a pena! — Prometeu, levando o namorado a suspirar só em imaginar todos os planos que faziam juntos.
Por mais que tivesse receio em sair de seu habitual quarto, forçou-se a fazer aquilo ao receber um panfleto enquanto passeava pelo jardim da clínica, percebendo que talvez aquela fosse a deixa perfeita para ajudar o namorado, provando que merecia tudo o que o outro fazia por ele.
