Dizem que o que nos tornamos quando adultos, é reflexo de como somos tratados durante a infância. Desde nosso caráter, até nossos medos, inseguranças e prioridades.
Para Jimin, um órfão desde sempre, passar por tudo isso fora muito mais difícil. As...
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Boa leitura!
[...]
Em passos rápidos e alguns tropeços, Jungkook saiu do prédio de neurologia, parando assim que sentiu o ar fresco invadir seus pulmões e apoiando as mãos nos próprios joelhos enquanto a respiração era rápida e profunda.
Toda a informação obtida nos minutos que se passaram, estava rondando sua cabeça e o fazendo ficar tonto a ponto de cair sentado, ali mesmo, no chão, onde os primeiros soluços começaram a escapar por seus lábios.
Abraçando os joelhos contra o peito e escondendo o rosto nos braços, Jungkook chorava sem se conter daquela vez.
"Me desculpe por ser tão covarde, mas, deixar você ir talvez seja meu ato mais corajoso."
— Esse foi um jeito cruel de me deixar, Park Jimin. Você não tinha esse direito! — Sussurrou com a voz embargada, sentindo o peito apertado como nunca, desmanchando a posição que estava e pagando seu celular, onde abriu uma das fotos que tirou de Jay quando observavam as estrelas no acampamento de ano novo.
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Jay...
Nunca mais o veria, certo?
Se nem mesmo Jimin, o antigo Jimin, existia mais... Jay então era uma possibilidade ainda mais nula.
— Que merda eu vou fazer? Eu não tenho como te esquecer como você fez comigo... — Ralhou apertando o celular entre os dedos, contendo a vontade de jogá-lo longe.
— Não fale como se estivesse sendo fácil para ele. — Uma voz conhecida proferiu ao seu lado, o fazendo virar o rosto até que visse Kai parado ali. — Acha que ele escolheu apanhar até precisar de uma cirurgia na cabeça? —
Jungkook se levantou em um segundo, agarrando o amigo pela gola da jaqueta. Os olhos arregalados pela ira junto aos dentes cerrados e a respiração descompassada, não eram o suficiente para assustar o mais alto.
