Dizem que o que nos tornamos quando adultos, é reflexo de como somos tratados durante a infância. Desde nosso caráter, até nossos medos, inseguranças e prioridades.
Para Jimin, um órfão desde sempre, passar por tudo isso fora muito mais difícil. As...
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Boa leitura!
Mesmo admitindo que meus pés estão cheios de cicatrizes
Eu ainda sorrio sempre que vejo você
Run - BTS
Park estava sentado em frente ao sofá, brincando distraído com Apolo enquanto Jungkook e Yugyeom disputavam uma partida de Mortal Kombat X no xbox, após o loiro ter perdido a última partida para Jeon.
Kai afastou-se para atender uma ligação, enquanto Seokjin terminava de fazer algo na cozinha.
Em um lampejo súbito, Park pensou em toda a situação à qual se encontrava.
A relação entre ele e seu professor era regada de formalidades e limites pré-estabelecidos pelo mais velho desde o início, e embora em seus últimos dias de aula ambos houvessem se aproximado a ponto de terem uma relação agradável, como colegas que desfrutavam da presença um do outro, os beijos que haviam trocado naquela tarde chuvosa eram completamente errados e irresponsáveis da parte dos dois, tinha noção daquilo. Mas ainda assim, Jimin não entendia como as coisas podiam ter tomado aquele caminho em tão pouco tempo.
Por que estava ali?
Como podem ter permitido que fosse para a casa de alguém sem supervisão alguma?
Consequentemente, seus pensamentos foram até Lee Taemin.
Não conseguia se sentir culpado pelo beijo que trocara impulsivamente com Jungkook, então, não deveria culpar o namorado por ter ficado com alguém também, certo?
Por mais que doesse, conversariam e ficariam juntos no final de tudo.
Já que Jungkook não seria capaz de prestar total atenção em si naquele momento, sorrateiramente alcançou o celular do mesmo em cima da mesa de centro, seguindo em direção ao corredor do banheiro enquanto discava o número tão conhecido por ele, mais uma vez.
Após quatro toques, finalmente fora atendido.
— Espero que seja uma ligação importante... — conseguiu ouvir, embora o barulho por trás da ligação fosse estridente e irritante, em um misto de gritarias e música alta.
— Tae? É você? Estou com saudades... Pode me encontrar hoje? — falou de forma rápida, sentindo o coração disparar em expectativa. Sentia tanto a falta do namorado, e ouvir sua voz novamente só o fez ter a certeza de que poderiam resolver qualquer coisa que fosse, juntos.
