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Boa leitura!
Cinco dias após a virada do ano, Jay encontrava-se dentro do ônibus enquanto seguia para o primeiro dia de trabalho e ainda que soubesse o quão puxado poderia ser, fez questão de colocar sua roupa da sorte, uma camiseta branca até a altura das coxas, e sua calça jeans de tom escuro com pequenos rasgos no joelho. Nos pés, os coturnos rotineiros devidamente engraxados eram o maior toque pessoal em todo o visual.
Os fones de ouvido tocavam Feeling Good de Nina Simone, enquanto observa as ruas passarem pela janela, cantarolando baixinho as frases e tomando cada uma como verdade para si com um pequeno sorriso brincando e seus lábios.
— Ei, meu jovem. — a senhora ao seu lado chamou-lhe, tocando o ombro direito do garoto com delicadeza. — O ponto que irá descer já é o próximo. —
— Oh, muito obrigado mesmo! — abriu seu melhor sorriso ao retirar os fones e levantar-se, dando sinal para descer e curvando-se respeitosamente ao lado dela.
Jay caminhou por cerca de dez minutos, seguindo a localização do endereço em seu celular e travessando um viaduto para chegar ao local, da última vez, em que Kai havia o levado de moto.
— Bom dia! — apoiou-se no balcão da recepção, onde o garoto responsável pelo local encontrava-se tirando o pó dali e não se importando com a presença alheia ao murmurar um bom dia sem ânimo algum. — Certo. É meu primeiro dia aqui... — tentou ter alguma atenção e observou o outro pegar um saco plástico como um kit, entregando-lhe e apontando para detrás de si. Jay notou que ele estava com olheiras profundas.
— Eu lembro de você. — respirou fundo, massageando os ombros e retorcendo a cara em um semblante dolorido no processo. — Corredor, segunda porta à direita. Vista isso antes de entrar, o banheiro é na porta da frente. — instruiu, sentando-se novamente em frente ao computador. — Por que ainda está aí? Eu tenho o que fazer.
Jay arqueou as sobrancelhas, resolvendo não dizer mais nenhuma palavra ao rapaz e seguindo até o banheiro ao notar que ainda tinha alguns poucos minutos.
Se a recepção era naquele nível, como seria o humor dos funcionários internos?
Afastou os pensamentos, decidindo que não devia se prender aquilo.
Talvez ele esteja tendo um dia ruim, certo?
Mas ao entrar no cubículo do banheiro, precisou tampar o nariz com o braço devido ao cheiro forte do lugar, e analisando ao redor, perguntou-se como uma empresa deixava o banheiro ficar naquela situação. Os pisos estavam imundos, o espelho embaçado e trincado, e o vaso sanitário praticamente inutilizável.
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ENTROPIA - Jikook
FanfictionDizem que o que nos tornamos quando adultos, é reflexo de como somos tratados durante a infância. Desde nosso caráter, até nossos medos, inseguranças e prioridades. Para Jimin, um órfão desde sempre, passar por tudo isso fora muito mais difícil. As...