Dizem que o que nos tornamos quando adultos, é reflexo de como somos tratados durante a infância. Desde nosso caráter, até nossos medos, inseguranças e prioridades.
Para Jimin, um órfão desde sempre, passar por tudo isso fora muito mais difícil. As...
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Boa leitura!
— Senhor Park? — a moça da recepção o chamou, vendo-o apoiando as mãos nos joelhos, de olhos fechados. — Bem vindo de volta. — verificou o horário pelo computador, que marcava 21h54.
Jay arrumou a postura, estalando o pescoço pela tensão tirando o chapéu de Mickey da cabeça e levando os dedos aos cabelos tentando alinhá-los de alguma forma antes de focar no rosto da garota.
— Batom bonito, combina com você. — piscou, deixando a funcionária atordoada para trás. Jay tirou o chapéu da própria cabeça, segurando-o ao lado do corpo ao seguir para o quarto de sempre, no oitavo andar.
Pegou o elevador e ao chegar à porta, observou Hoseok apoiado na janela enquanto observava a noite silenciosa, deixando que os suspiros cansados e longos fossem o único som saindo de si ao estar claramente entretido em seus próprios pensamentos. Tanto, que nem mesmo reparou sua presença atrás dele.
— Buh. — murmurou acima do ombro alheio, fazendo o Dr. pular com o susto ao vê-lo tão próximo. Jay riu baixinho pela reação do outro.
— Droga, não faça mais isso! — resmungou, bagunçando os próprios cabelos para descontar o nervosismo ao tentar recuperar o ritmo cardíaco enquanto a luz do quarto era acesa.
O mais novo arqueou as sobrancelhas, observando cada movimento do homem e sorrindo de canto ao ter certeza de suas suposições.
— Por que está tão assustado, Hobi? — jogou o chapéu de Mickey em cima da cômoda para que pudesse apoiar as mãos no batente da janela, encurralando-o ali entre seus braços. — Parece até que estava me espionando, huh? — aproximou-se ainda mais, de forma que o Jung pudesse sentir a respiração quente em seu rosto, o fazendo engolir em seco.
— Jay, pare com isso. — esquivou-se, empurrando levemente um dos braços do garoto e saindo de perto.
— Você continua o mesmo, sem conseguir resistir a mim. — debochou ao sentar-se na cadeira próxima à cômoda. — Estava olhando os pombinhos lá fora, não é? — perguntou ao perceber que não receberia nenhuma resposta.
— Era Jimin? — Jay assentiu, parecendo sequer se importar. — Como sabe que eles estavam juntos?
— Parece que Jimin não consegue me deixar mais totalmente de fora. — deu de ombros, tirando o celular do bolso e o estendendo para o médico. — Me passe seu número, comprei outro chip.
— Como assim? Você consegue ver o que acontece mesmo quando é ele quem está no controle? — pegou o aparelho, fazendo o que lhe foi pedido, e logo o devolvendo.
