Dizem que o que nos tornamos quando adultos, é reflexo de como somos tratados durante a infância. Desde nosso caráter, até nossos medos, inseguranças e prioridades.
Para Jimin, um órfão desde sempre, passar por tudo isso fora muito mais difícil. As...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Não esqueçam de votar e comentar ♡
Boa leitura!
Por favor, me perdoe
Porque você não pode viver sem mim
Você sabe disso
Estou tomando controle sobre você
Pied Piper - BTS
Ao ouvir o que a garota falava sem filtro algum, Jimin sentiu sua respiração acelerar gradativamente ao que sua visão começava a se tornar turva, afastando as mãos de Lisa que lhe tocavam o braço percebendo que algo acontecia com ele. Pelo movimento desesperado tentando evitar os toques alheios, Park bateu as costas em uma das pequenas estantes, fazendo-a ir ao chão em um barulho incômodo.
O botão de emergência foi acionado pela supervisora do setor ao notar a movimentação excessiva de Jimin, que apoiava ambas as mãos na cabeça em razão da dor insuportável que o atingia ali, fazendo-o cair de joelhos no chão.
Lisa abaixou ao seu lado de olhos arregalados, observando o garoto chorando copiosamente enquanto dizia coisas desconexas. Apesar de saber que foi a causadora daquilo, não se arrependia, afinal em nenhum momento mentiu, nem mesmo imaginou que o mais novo faria uma cena daquela. Sua real preocupação, era que lhe punissem de alguma forma.
— Taemin está bem, eu sei que está. Ele só precisa de um tempo até voltar, e está tudo bem... — Jimin dizia de olhos fechados, tentando organizar seus pensamentos para que ninguém o manipulasse com informações falsas. — Ele está bem, posso até mesmo sentir seu perfume.
— Jimin! — a voz de Hoseok o chamou, abaixando em sua frente ao mesmo tempo em que os outros pacientes ali, incluindo Lalisa, eram guiados para fora pela equipe especializada. — Consegue me ouvir? Tente focar em mim, por favor. — Pediu, sem tocá-lo.
A depressão aguda de Park evoluía cada vez mais em decorrência à sua relutância aos tratamentos terapêuticos, levando-o a ter sintomas psicóticos. Naqueles momentos era comum que o garoto vivenciasse alucinações e delírios que o faziam romper com a realidade.
Não era como se ele imaginasse o que via, ouvia ou sentia quando aconteciam estes episódios. Ele acreditava realmente naquilo, fosse real ou não.
— Taemin? — falou, abrindo os olhos aos poucos e focando no rosto de Hoseok. — Tae, eu sabia que você viria. — se jogou nos braços do psiquiatra, afundando o rosto no pescoço alheio. — Eles estão tentando me manipular, me fazendo acreditar que não quero sair daqui, mas é tudo uma mentira, agora eu sei. — se afastou novamente, olhando de maneira desorientada para cada enfermeiro ou médico presente ali. — Você precisa me ajudar a fugir! — sussurrou, o corpo completamente fraco e trêmulo voltando a encarar o homem à sua frente.
