Dizem que o que nos tornamos quando adultos, é reflexo de como somos tratados durante a infância. Desde nosso caráter, até nossos medos, inseguranças e prioridades.
Para Jimin, um órfão desde sempre, passar por tudo isso fora muito mais difícil. As...
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Boa leitura!
[...]
— Não me solte, Jungkook! — Jimin pedia enquanto pedalava com dificuldade a bicicleta alugada.
Mesmo depois da ameaça em forma de carta que recebeu, Park acabou não resistindo por muito tempo aos pedidos de Jungkook sobre almoçarem fora, por receber uma sequência de beijos roubados por todo o rosto.
Agora estavam ambos ali, no parque central da cidade às margens do Rio Han enquanto Jeon tentava ensinar o mais novo a andar de bicicleta.
— Jiminie, eu preciso te soltar para você andar sozinho. — murmurou enquanto acompanhava o outro de perto em passos rápidos, rindo vez ou outra por Jimin ficar extremamente fofo, mesmo que desorientado em cima daquela bicicleta.
— Eu ainda não estou pronto, não solte! — voltou a pedir em um tom de voz mais alto, com um bico nos lábios cheios e sempre atento na vista à sua frente.
O que Jimin não havia percebido era que Jungkook apenas corria atrás de si sem segurá-lo há um bom tempo, rindo de como o mais novo estava preocupado atoa.
Estava sendo maldoso demais?
— Mas você está indo tão bem sem mim... — sussurrou cessando os próprios passos e deixando que o garoto continuasse pedalando mais a frente.
— O quê? — se apavorou, arregalando os olhos e olhando minimamente para trás só para constatar que o outro falava a verdade, o que lhe rendeu a falta de controle do guidão. — Jungkook! —
E em segundos, Jimin estava caído de bunda no chão junto à bicicleta.
Jungkook correu afobado para perto do menor, ajoelhando ao seu lado e procurando algum machucado no corpo alheio.
— Você está bem? Se machucou?
— Eu te falei que não era para soltar! — afastou as mãos do mais velho de si, virando as costas para ele mesmo que ainda continuasse sentado no chão.
— Mas você conseguiu! — Jungkook tentou animá-lo, sendo ignorado ao que Jimin batia as mãos uma na outra, as limpando. — Meu anjo, não fique chateado, huh? — se preocupou em ter realmente magoado o garoto, sem saber se podia ou não tocá-lo.
Jimin cruzou os braços antes de soltar um suspiro longo, ainda sem olhar para trás.
— Me chama assim de novo. — pediu, em uma voz tão baixa que Jungkook franziu o cenho em confusão, tentando entendê-lo, e só então se aproximando mais do outro.
— Meu anjo... — sussurrou no ouvido de Park, o levando a se arrepiar por completo e aproveitando para abraçá-lo pelas costas, sentindo-se aliviado na mesma hora ao sentir Jimin se aninhar ao seu corpo feito um gatinho manhoso.
