Dizem que o que nos tornamos quando adultos, é reflexo de como somos tratados durante a infância. Desde nosso caráter, até nossos medos, inseguranças e prioridades.
Para Jimin, um órfão desde sempre, passar por tudo isso fora muito mais difícil. As...
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Boa leitura!
Eu não aguento mais Porque você está chorando Eu quero chorar no seu lugar Embora eu não possa Begin - BTS
Jimin abriu seus olhos lentamente, demorando para se acostumar com o ambiente. Aos poucos, se recordava do que havia acontecido antes de parar ali, e ao virar-se para o lado, encontrou Jungkook totalmente adormecido enquanto segurava sua mão.
O mais velho estava com a cabeça escorada em um dos braços, e o restante do corpo sentado no chão frio. Park imediatamente preocupou-se, por conta do frio que fazia, e embora não quisesse desfazer o toque entre as mãos, cujo o contato era estranhamente familiar, a saúde de Jeon importava muito mais.
— Hyung? — o chamou baixinho, acariciando de leve os cabelos negros para que o outro não se assustasse. — Deite-se na cama, vai ficar doente e com dor nas costas dessa forma. — sussurrou, recebendo somente um resmungo em resposta.
Jungkook tinha um sono pesado.
Sem mais opções, resolveu tentar colocá-lo na cama por si só, pegando-o no colo com extrema dificuldade pela diferença de porte entre ambos, e mesmo sem a delicadeza que desejou, Jeon permaneceu de olhos fechados, virando-se de frente para ele e puxando o corpo de Jimin para junto de si, abraçando-o feito um urso, de forma que impossibilitava até mesmo o loiro de mover-se.
Park resfolegou em surpresa pela proximidade repentina, sentindo o rosto arder horrores e provavelmente ficar em tom escarlate por estar com a testa colada no peito alheio. O perfume de Jungkook era doce e suave, como flores.
Jimin adorava flores.
Sentiu-se acolhido dentro dos braços fortes e levantou um pouco o rosto, sentindo o coração acelerado sem razões. Provavelmente pela vergonha, era o que pensava.
— Já passa da meia noite... — murmurou, suspirando enquanto admirava o semblante tranquilo à sua frente. — Feliz natal, Kookie. — beijou brevemente a pontinha do nariz alheio, rendendo-se ao sono profundo mais uma vez.
[...]
Jungkook acordou um tanto desorientado com barulhos vindo do corredor, sentindo um pouco de dor nas costas e pescoço ao sentar na cama, um tanto desorientado até que se lembrasse dos acontecimentos da noite passada. Pôde reconhecer a voz de seu irmão e a risada de Park, provavelmente pelas piadas ruins que o outro insistia em contar.
