Acho que ter esperança é melhor do que desistir.

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Pov's Draco

Meu braço está ao redor de Harry. Estamos de conchinha como um casal.

O cheiro de baunilha lembra-me de que, ainda que ele soe uma pessoa durona e seja um jogador de futebol, ele é cem por cento ômega. Fiz meu melhor para ficar do meu lado na cama, mas ele continuava se aproximando. E mais. Então me disse que estava com frio e me pediu para abraçá-lo. Então o abracei.

Esse foi meu primeiro erro.

Rapidamente tiro meu braço e consigo arrumar um espacinho entre nós. Preciso esfriar a cabeça. Ele estava meio adormecido quando pediu que eu a abraçasse, então, com sorte, ele não vai se lembrar. Não vou ficar bancando o namorado temporário até chegarmos ao Texas.

Aquela Roxanne de cabelo azul e amarelo é meu tipo. Fez biquinho depois que eu a deixei de lado, quando perguntou se eu queria passar a noite na barraca dela. Disse-lhe que tinha um trabalho a fazer como guarda-costas da Vossa Majestade. Roxanne queria se divertir.

Harry quer alguém que não o abandone.

Quando ele se virou para mim, foi só porque eu era um corpo quente? Ou porque era eu? Não importa.

Abro a barraca e vou fazer uma fogueira. Como eu cheguei aqui? É por causa daquela maldita pegadinha. A porra dos porcos é o motivo pelo qual estou aqui, e não no meu dormitório em Durmstrang.

Está viagem é só de alguns dias. Não posso fazer nada por alguns dias, mesmo ficar o mais longe possível de Harry. Escuto movimento na barraca antes de ele colocar a cabeça para fora.

- Ei - ele diz.

- Ei - eu aponto uma caixa de Pop-Tarts no porta-malas do carro, mas não cruzo meu olhar com o dele. Em vez disso olho para as chamas da fogueira que acabei de fazer.

- Fiz um café da manhã para você.

Ela abre a caixa:
- Obrigado - murmura e dá uma mordida.

Eu me inclino nos cotovelos e me pergunto o que lhe vou dizer.

- Devemos fazer as malas e sair logo - digo seriamente - Temos muito a dirigir.

Passamos os próximos vinte minutos arrumando as coisas. Ele não olha na minha direção quando eu saio do acampamento e sigo para nosso próximo destino.

- Quer falar da noite passada? - ele pergunta.

- A parte em que você estava paquerando aqueles alfas ou a parte em que me pediu que o abraçasse?

- Não estava paquerando aqueles alfas. Estávamos falando de futebol.

- Ah, tá certo. Você só gosta de alfas que jogam futebol.

- O que quer dizer com isso? - Quando eu não respondo, ele continua - Talvez devêssemos começar com o fato de você ter ficado íntimo daquela ômega de cabelo azul e amarelo. Ela só queria ficar.

- É o que torna tudo melhor. Sem envolvimento emocional. Sem laços. É o que eu chamo de um relacionamento perfeito.

- É o que eu chamo de periguete - ele revira o lábio superior, enojado - Sinto pena da pessoa que virar seu ômega. Ele está fadado a ser um ômega muito solitário.

- E eu sinto pena do seu futuro alfa, que está destinado a ser uma decepção para você e suas altas expectativas.

- Altas expectativas? Minhas expectativas não são altas.

- Sério? Então não espere que eu seja seu aquecedor toda noite.

- Não espero.

Harry insiste que ele precisa treinar todos os dias, enquanto estamos na estrada. Esse ômega é dedicado. Reconheço isso nele.

Amor em jogo - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora