Amor em jogo - Drarry

Ele fala como um esportista, mas tem o corpo de um anjo.

Pov's Draco

Harry me disse que eu precisava de um objetivo. Finalmente tenho um, apesar de não ser realmente um objetivo, mas uma missão.

Decidi limpar o barracão antes de partir. Estava sujo e abandonado quando cheguei aqui, mas dei uma nova vida a ele. Eu já tinha dado uma pintura e arrumado as placas quebradas no telhado e paredes. Esta manhã, decidi limpar o barracão por dentro, para que ficasse novinho em folha. Tirei tudo, então fui à loja de ferramentas comprar novas prateleiras, que não vão cair das paredes, e compensado para substituir o antigo piso. Eu até azulejei a tampa da bancada de trabalho, para ficar limpa e usável novamente.

Estava conversando por chamada com Leona quando vi Harry sair da casa está manhã com a Pansy, que o pegou para treinar. Ele não fala comigo. Delphini também não. Eu lhe disse que viria visitá-la de tempos em tempos, mas isso não importa. Ela me disse para deixá-la em paz e nem olhou para mim. Isso faz dois dias.

Eu recuo e examino meu progresso.

— Nada mau para um dia de trabalho — Digo a Nona que conversa comigo por chamada de vídeo.

Falkor, ofegando ao meu lado, bate vigorosamente o rabo, obviamente concordando comigo.

— O que em nome de Deus você está fazendo, Draco? — minha avó berra da varanda. Ela caminha até mim na grama que precisa ser cortada novamente. Pelo menos o quintal dos fundos não é uma área grande de ervas e parece mais ou menos decente.

— Estou limpando o barracão é conversando com Leona.

— Contratate alguém para fazer isso e oi querida.

— Por que contratar alguém quando eu mesmo posso fazer?

Ela levanta um dedo poderoso:
— Porque ajuda a economia. Quando você contrata alguém, ele tem dinheiro para comprar coisas. É economia básica, Draco.

Tenho que dar crédito à minha avó pela criatividade. Ela realmente acredita na baboseira que sai da boca dela.

— Bem, basicamente estou fazendo eu mesmo — digo-lhe.

Ela suspira:
— Bem, legal. Apenas... Lave-se depois para que não pareça um morador de rua.

Eu rio enquanto ela se afasta. Para ser honesto, minha avó é divertida para danar, e, de tempos em tempos, faz algo que lembra minha mãe, como a forma como dorme no cantinho da cama, ou a forma como cobre a boca quando ri.

Por outro lado, quando ela age como uma esnobe de primeira, é completamente irritante e vergonhoso. Ainda que ela pretenda me tornar um clone dela, enquanto eu viver na sua casa pelos próximos meses até eu me formar, minha intenção é tirar o esnobismo dela. Será um desafio, isso é certo pra danar. Serei mais parecido com Leona do que o previsto.

— Ela lembra muito a titia em alguns gestos mas é muito diferente  dela nas atitudes — Leona fala olhando para mim — Tenho saudades dos tempos que íamos ver seus jogos é ela era quem mais gritava e vibrava.

— Também sinto — Suspiro

— Eu deveria acreditar nisso Draco? Você morreu junto com ela. o seu brilho se apagou.

— Leona cala a boca por um momento sobre isso, eu sei que estou errado.

Ouço um suspiro alto vindo do celular apioado na bancada.

— Você é igualzinho ao seu pai, um cabeça dura mas com um coração gigante, eu não esqueci que você era o homem da casa por ele estar longe e que se reponsabizila por tudo que aconteceu.

— Nona...

— Tia ciça me criou como se eu fosse sua filhote e me pediu para cuidar de você, eu sempre senti que falhei sobre isso. eu sei que você é forte. É um alfa lúpus de linhagem pura, Draco. você sozinho consegue partir um carro ao meio mas o que você é  forte por linhagem é fraco emocionalmente, por isso eu sempre estive aqui te aconselhando como consigo. Você sabe que deveria ir atrás de Harry antes que eu precise ir atrás de um lúpus fora de controle.

— Não é  tão fácil assim Nona.

— É complicado por que vocês dois complicam, são dois orgulhosos a maioria do tempo.

Fico em silêncio, não tenho o que falar, ela está certa.

— Tiatia teria orgulho do homem que você está se tornando e do alfa que ainda vai ser.

— Você não pode falar por ela, ninguém pode.

— Realmente não posso, mas posso falar por mim e eu tenho muito orgulho de você Draco.

(...)

Às cinco da tarde minha avó anuncia que está levando a família toda à cidade para jantar. Supostamente, ela fez reservas no Pum Room, que ela disse que é um lugar chique onde celebridades de Chicago comem.

Druella aprendeu nos dois últimos dias que é melhor seguir as ordens da minha avó do que lutar com ela. Acho que ela é o que Duella precisava desde o começo, uma velha louca para fazêla interagir com a família em vez de escapar.

Eu ia, mas para ser honesto, olhar a noite toda para Harry do outro lado da mesa e saber que vou deixá-lo em poucos dias não é o que eu chamo de uma noite divertida.

Consegui limpar o barracão todo, e de repente está escuro lá fora. Pego uma lanterna da casa e coloco as prateleiras, então penduro todas as ferramentas de volta na parede.

— Pare ou vou chamar a polícia! — uma voz familiar diz atrás de mim.

Harry está parado na porta segurando seu tridente marca registrada como uma arma. Está escuro, mas o pequeno brilho da lanterna ilumina o metal nas suas mãos.

Eu lhe dou um pequeno sorriso e caminho até o tridente, para que fique a uma polegada do meu peito.

— Você não quer realmente me furar — digo-lhe.

Ele abaixa a arma:
— Você está certo.

Pego o tridente da sua mão e o jogo de lado, para longe do meu pé.

— O que está fazendo aqui? Achei que você tinha ido com todo mundo à cidade.

— Decidi ficar — Não há como se enganar com o tom sedutor da sua voz.

Ele se aproxima. Pela pouca quantidade de luz, posso ver que está usando um blusão de hóquei e nada mais. Meus olhos passam por seu corpo semivestido, incapazes de se afastar.

Engulo em seco. Está escuro e a lanterna está perdendo bateria rápido.

Quando conheci Harry, eu não tinha ideia do que ele faria comigo. Cada vez que estou perto dele, quero afastá-lo e puxá-lo para perto ao mesmo tempo.

Ele fala como um esportista, mas tem o corpo de um anjo. Ele sabe que estou indo embora, mas está aqui comigo agora...

— Por que ficou em casa esta noite? — pergunto.

A lanterna pisca, então fica completamente escuro, quando ele se estica até mim e cochicha na minha orelha.

— Por sua causa.