Quando você vai lutar por si mesmo?

1K 198 92
                                    

Pov's Harry

Não posso simplesmente deixá-lo ir embora. Minha mãe sai dirigindo quando as coisas complicam e ele quer escapar. Não vou deixar Draco sair tão fácil assim, então fico na frente do carro dele e bloqueio sua passagem, quando ele está prestes a fugir.

Ele abaixa a janela:
— O que está fazendo?

— Saia do carro! — grito. Quando ele sai, meu sangue ferve e eu explodo com ele é lhe dou socos  — Você acabou de foder tudo comigo! — grunho, enfiando minhas mãos no peito dele.

— Pare de gritar — ele diz, olhando para os outros ao nosso redor é segurando meus punhos.

— Não, não vou parar de gritar, porque estou bem puto! Você sabe que estou ralando aqui, Draco. Estou lutando para ser tratado como um dos alfas. Estou lutando para provar a todo mundo que sou daqui — Estou ficando emotivo e não ligo se todo mundo, num raio de cem metros, pode provavelmente ouvir meu ataque — Estou lutando desde o segundo que vim aqui para o Elite. Coloque na sua cabeça que eu não quero que você lute por mim. Só me faz parecer fraco. Eu preciso lutar sozinho, ou não conta. Mas droga, Draco, quando você vai lutar por si mesmo?

— Não vai rolar.

Engulo o nó na garganta e digo:
— Meu pai adotivo foi embora quando eu tinha dez anos. Ele não dava a mínima para mim, e eu tive que viver cada dia sabendo disso. Você tem sorte. Você sabe que sua mãe te amava.

— Sorte? — ele dá um risinho cínico — Pelo menos seu pai adotivo está vivo e você pode ir até ele. Sabe o que eu faria para conversar com minha mãe por pelo menos um minuto? Um minutinho só! Eu cortaria meu braço fora para ter um minuto com ela.

— O que você quer da vida? — pergunto, desafiando-o a responder. Preciso tirar isso dele — Qual é seu objetivo? Além de fingir que não se preocupa com nada, o que eu sei que é uma merda completa.

— Não tenho.

Besteira.

— Todo mundo tem seu objetivo.

Draco está evitando meu olhar, porque ele sabe que, se olhar para mim, eu verei sua alma. Os ferimentos que deveriam ter sarado ainda estão abertos por causa da enorme quantidade de culpa que ele carregou consigo desde a morte da sua mãe. Ele continua se castigando por essa decisão que fez há muito tempo.

Eu sei que ele quer lutar por algo... bem no fundo ele tem um desejo básico e intenso de competir.

Isso o está matando. Ele ignora seus instintos, e em vez disso está determinado a se manter um fantasma de quem ele poderia ser.

Ele estava lutando por mim lá no dormitório, mas meu conflito com Cedric não é a briga dele é minha.

Cedric chamou Draco de covarde. De repente não era mais uma questão minha, e Draco o ameaçou e foi embora.

Draco cruza as mãos sobre o peito:
— Por favor, saia, para que eu possa ir embora.

— Me escute — abaixo a voz e digo suavemente — Merdas acontecem, Draco. A vida continua, quer você queira ou não. As pessoas morrem, queira você ou não. Não crie uma asneira na sua mente de que você desistiu do futebol por sua mãe. Ela te deu a vida. Você acha que ela queria que seu espírito morresse junto do dela?

— Não coloque minha mãe no meio — ele rosnou é seus olhos ficaram vermelhos carmesim novamente.

— Por que não? Desistir não vai trazê-la de volta. Você diz que não tem um objetivo? Bobagem! Você precisa ir atrás do que quer e não olhar atrás. Quando você descobrir, me diga, porque aposto minha bola esquerda que você tem um objetivo, mas não admite para você mesmo qual é.

O canto da minha boca se torce para cima:
— Você não pode apostar sua bola esquerda, Harry.

— É, bem, você está agindo como se você não tivesse uma — Não menciono o óbvio que se ele não luta por si mesmo, é inútil lutar por nós — Você precisa se perdoar.

Há um longo silêncio antes de ele dizer:
— Não posso.

Ele olha além de mim, e eu me viro. Sua avó está do outro lado do estacionamento, fingindo não prestar atenção à nossa conversa. Quando eu me viro, Draco passa uma mão no cabelo.

— Minha avó quer que eu venha morar com ela. Decidi que provavelmente é melhor para nós se eu ficar no Texas e ir para a escola aqui. Eu te compro um bilhete de avião de volta para Chicago no domingo.

Deixo as palavras escoarem quando uma tristeza profunda toma meu peito:
— É isso o que você quer?

— É — ele diz, seu rosto impassível e sem emoção — É o que eu quero.

No fundo Leona estava errada não era eu quem precisava ter paciência para um nós acontecer.

Pois eu seguraria uma granada pelo Draco se isso significasse a felicidade dele...

Amor em jogo - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora