6.

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— Bieber? — Louis diz surpreso. — Mas que porra! Por que caralhos você está aqui? — Louis diz olhando para os lados, em busca de um segurança.

— Eu estou trabalhando, Boullevar! — Bieber diz. — Algo que você deveria estar fazendo também.

— De assassino de aluguel para segurança de eventos? Que vergonha! — Louis disse em tom de zombaria. — Tenho mais coisas pra fazer. Se me dá licença, eu preciso ir. Vamos, Ariana.

— Você precisa ir, ela pode muito bem optar por ficar. — Justin diz apressado.

Ambos me encaram como se coubesse a mim decidir isso. Engulo em seco, e divido meu olhar entre Louis e Justin. Isso era ainda mais complicado do que eu imaginei que seria.

— Adeus, Justin. — Digo. Abaixo a cabeça e caminho para o lado de Louis. — Obrigada.

Justin entende a minha decisão, por isso, não diz mais nada. Louis sussurra um fez a escolha certa, no meu ouvido, e eu estremeço com sua voz. Ela ainda me causa arrepios, ainda mais quando eu sinto ela ser liberada há centímetros do meu ouvido.

Não demoro para ficar sozinha novamente. Pego outra taça de champanhe, já que não faço ideia de onde larguei a outra, e procuro uma mesa para assistir ao desfile. Assim que encontro, me sento e começo a observar ao meu redor. Sei que não é bom pra mim, e muito menos pro Louis, que eu apareça sozinha. As pessoas comentariam que nosso relacionamento está indo por água abaixo, e eu não negaria uma acusação sequer.

— Perdida, Senhorita Grande? — Uma mulher de cabelos loiros pergunta. Ela toma a liberdade de se sentar ao meu lado, enquanto sorri e bebe seu drink. — De fato, com tantas mentiras rodeando a sua vida, eu também me sentiria perdida.

— Desculpe, como é que é? — Pergunto indignada. — Não sei do que a senhorita está falando.

— Ah, claro que sabe! — Ela solta um riso fraco. — Vem cá, qual era mesmo o seu trabalho antes de conhecer o Louis? Você era advogada, não é?

— Sim. — Engulo em seco. — Por quê?

— E você diz ter cursado em Yale, né? — Ela força os olhos em uma careta, como se estivesse tentando se lembrar de detalhes pequenos.

— Olha, eu não sei quem você é e não quero ficar dando informações da minha vida pessoal para estranhos. — Digo em um ato de nervosismo. — Será que você poderia me dar licença?

— Sabe Senhorita Grande, eu tentei checar seu histórico em Yale, mas o mais engraçado foi que eles me disseram que você não estudou lá. — Ela me encara vitoriosa. — Sem um diploma de advocacia, você não consegue trabalhar no ramo. Então, quem era você antes de Louis Boullevar?

— A senhorita mesmo já disse. Uma advogada. — Engulo em seco e olho para os dois lados.

— Tudo bem. — Ela se levanta e me encara de cima. — Eu vou descobrir, Senhorita Grande. Fique tranquila. — Ela começa a caminhar para longe, mas se vira outra vez para mim e diz: — Ah, me chamo Sofia. Sofia Richie, por favor.

Eu sei quem ela é. Na verdade, qualquer traficante de meia, sabe do sobrenome Richie. Ele assusta mais do que qualquer outro nesse ramo, porque a família Richie não é como os outros. Eles não aceitam dinheiro para ficarem calados. Os Richie são insistentes e não são fáceis de lidar. Qualquer um gostaria de evitar se encontrar com um Richie. Quando um Richie se propõe a descobrir algo, ele descobre. E pelo que eu vi, Sofia está empenhada em descobrir sobre a minha vida.

[...]

O desfile ocorreu bem, exceto pelo fato de que Louis ficou me enchendo a noite inteira de perguntas sobre o Bieber. Ao sair do desfile, teria uma after party que eu havia feito questão de dizer que não estava afim de ir. Além do mais, alguém precisa cuidar do Carter e bem, eu só precisei unir o útil ao agradável. Louis não desistiu da ideia de ir, e eu não o barrei muito. Uma noite inteira se ele era tentador até pra mim.  Liguei para Joan e pedi que ela preparasse o quarto de hóspedes, porque eu estava indo pra lá.

𝑷𝑶𝑰𝑵𝑻 𝑶𝑭 𝑽𝑰𝑬𝑾  :::   𝒋𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora