11.

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um mês depois.

ariana grande

Nada de novo aconteceu. Scooter deu entrada nos papéis, mas nós ainda estamos esperando Louis assinar. Fizemos uma denúncia contra agressão física, e graças a isso, agora eu tenho fotos que provam que ele me agrediu mesmo. Ruby aceitou depor contra ele, contanto que recebesse uma medida protetiva. Ela estava com tanto medo, quanto eu. Justin e Ryan prometeram que ela estaria em segurança, e que eles jamais deixariam algo de ruim acontecer.

Louis me procurou duas vezes, desde que eu saí de casa. Das duas vezes, ele queria ver Carter. Eu não podia impedir, porque legalmente, ele ainda é o pai. Marcamos no parque as duas da tarde, e Justin não me deixou vir sozinha. Hoje é sábado, e também é o dia dele ver Carter outra vez. Bieber está do meu lado esquerdo, e Carter do meu lado direito. Estamos caminhando pelo parque, procurando por um banco vazio. Eu avisei pra Louis onde nós estaríamos, e ele me disse que estava a caminho.

— Mamãe, posso ir pegar um sorvete? — Carter pergunta e aponta para o carrinho de sorvete.

— Rapidinho. — Entrego dois dólares pra ele, e ele sai correndo para o carrinho. Não tiro os meus olhos dele nem por um segundo. E Justin percebe isso.

— Eu acho muito bonita essa entrega que você tem com ele. — Justin comenta aéreo. — Dá pra ver que você ta disposta a lutar até o fim por ele. É bonita essa conexão que vocês tem.

— Ele foi a minha família por muito tempo, sabe? — Digo sorrindo.— Quando o Louis viajava, nós ficávamos sozinhos em casa. Éramos só nós dois.

— Sabe, as vezes eu fico pensando, e se ele fosse o meu filho. Tipo, se nós tivéssemos montado uma família. Eu, você e ele. — Viro meu rosto pro Justin, e ele está sorrindo. Eu vejo nos olhos dele o quanto ele queria que aquilo fosse verdade, e isso me dói o coração. — Será que teria dado certo?

— Justin... — Viro meu rosto pro Carter de novo, e o assisto pegar o sorvete e entregar o dinheiro. Ele faz um hi-five com o cara que está vendendo os sorvetes, e volta sorridente.

— Eu seria um bom pai... Eu seria tudo o que o meu pai não foi. — Ele dá de ombros.

— Mas o pai do Carter, sou eu! — Viro de costas e encaro Louis. Ele sorri sarcástico pra mim e pro Justin, e se abaixa para falar com o Carter. — E aí, garotão! Tudo bem?

Reviro os olhos e respiro fundo. Justin passa as mãos pelas minhas costas, e aperta meu ombro tentando me passar calma.

— Bom, você tem o dia com ele. Nos encontramos aqui ás seis, então. — Digo. — Carter, a mamãe vai passear com o tio Justin e você vai passar o dia com o papai, se ele não te trouxer como o combinado, você já sabe o que fazer, certo?

— Pode deixar, mamãe — Ele me deu um beijo estalado na bochecha, e eu me levantei.

— Você já sabe o que vai acontecer se tentar alguma gracinha. — Digo séria.

— Só não se esqueça que se eu cair, você vem junto. — Louis sorriu sem mostrar os dentes.

— Tchau, Carter. Até mais tarde. — Justin disse para cortar o clima entre mim e Louis.

Me virei para sair dali e respirei fundo. Era tão ruim estar no mesmo lugar que o Louis. Ele simplesmente parece roubar toda a minha energia. Eu me sinto sufocada com ele por perto. Eu não tenho medo dele, eu tenho medo do que ele possa fazer para machucar o meu filho.

𝑷𝑶𝑰𝑵𝑻 𝑶𝑭 𝑽𝑰𝑬𝑾  :::   𝒋𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora