27.

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ariana grande.

Era arriscado, mas eu tinha deixado Carter com a minha mãe. Eu sabia que alguém poderia ir atrás deles, porque agora eu tenho muitos inimigos. E, geralmente, eles te atacam indiretamente, ferindo as pessoas que você mais ama. De uma coisa eu tenho certeza, eu vou achar quem está fazendo isso e vou caçar essa pessoa até no inferno.

Eu não pensei duas vezes, e saí correndo daquela sala. Eu não tinha trazido carro, e Scooter não podia me levar e largar a empresa sozinha, então eu iria caminhando. Não era tão perto, e eu sabia que precisaria estar com o meu físico em dia para conseguir correr tudo isso, e ele não estava. Eu demoraria, no mínimo, uma hora. Quando cruzei a porta de saída, eu gerei a rota mais próxima pra mim e sai andando rapidamente. Ouvi uma buzina, mas sequer parei para olhar. O carro, que estava acima da velocidade, parou ao meu lado e abriu o vidro. Era Charles e ele sorria.

— Uma carona? — Ele ofereceu. Eu não tinha tempo para negar nada, então apenas entrei no carro. — Pra onde?

Dei o endereço pra ele, e comecei a me sentir mais nervosa ainda. Eu não sabia quem poderia ter feito isso com o meu filho e nem sabia se era uma brincadeira, mas eu estava disposta a não desobedecer quem quer que fosse. Chaz notou que eu estava nervosa.

— Ta tudo bem? — Ele perguntou. As primeiras lágrimas vieram com tudo, e eu notei que Chaz se incomodou um pouco. Ele não sabia o que fazer. — Aconteceu alguma coisa?

— Meu filho, Chaz! — Digo em meio as lágrimas. — Sequestraram o meu filho!

— Calma, Ari. Vai dar tudo certo, eu vou te ajudar! — Ele disse tentando me confortar. — Vamos achar quem fez isso...

— Eu só não quero que ele se machuque! — Disse. — O Carter é tudo o que eu tenho, e eu não posso perdê-lo... Você me entende?

— Não... — Chaz disse cabisbaixo. — Eu nunca amei ninguém assim... E nem acho que vou amar.

Eu não respondi mais, porque ele estacionou em frente a casa da minha mãe. Eu sequer bati na porta, apenas entrei e encarei ela sentada no sofá bebendo um copo com água. Justin e Sofia também estavam ali. Ela estava no telefone e Justin tentava acalmar a minha mãe, mas tudo deu mais errado ainda, quando ela me viu. Joan se sentia culpada, então eu a abracei forte.

— O que aconteceu, mãe? — Perguntei.

— Eles entraram e me deram uma pancada na cabeça, quando eu acordei o Carter já não estava mais aqui e tinha aquele bilhete. — Ela apontou para a mesinha de centro.

Era um post-it verde e dizia Sentiu minha falta, Lyra?. Chaz se aproximou e leu o bilhete. Ele olhou em volta e saiu andando pela casa. Eu tinha coisas mais importantes para me preocupar. Justin sabia que isso estava ligado ao fato de eu correr atrás do que é meu, ninguém era burro para não saber.

— Não machucaram ele. — Chaz disse. Encarei o mesmo e esperei que ele se explicasse. — Olha, no chão tem algumas marcas de pegada, mas não tem sangue. É uma pessoa experiente que fez isso, porque nenhum traficante de merda se preocuparia em não machucar o garoto. A pessoa que fez isso, se importa com o seu filho.

Eu olhei para Justin no mesmo instante. Só tinha uma pessoa que tinha experiência em sequestros, que se importava com o Carter e estava brava comigo.

𝑷𝑶𝑰𝑵𝑻 𝑶𝑭 𝑽𝑰𝑬𝑾  :::   𝒋𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora