12.

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O relógio marcava quatro e vinte e dois. A chuva caía em peso lá fora, e enquanto isso, eu tentava me concentrar na xícara de chá que estava nas minhas mãos. Eu não conseguia dormir do lado do Justin, não mais. Eu não podia continuar mentindo pra ele, e eu me odiava por isso. Ele não merece. Nesses últimos dias, eu tenho pensado em como posso contar a verdade pra ele, mas nada me vem a mente agora. Eu não posso simplesmente dizer que ele é o pai do Carter, e sair fora.

— Ari? — A voz rouca de Justin alcança meus ouvidos. — Já acordada?

— Eu não consigo dormir. Tem algo no meu peito... — Digo de cabeça baixa. — Um aperto, não sei.

— Tem algo que eu possa fazer pra te fazer ficar melhor? — Ele se aproxima e se senta no sofá.

Eu coloco a xícara na mesinha central e me sento de frente pra ele. É isso. Eu vou contar. Suspiro fundo, mas tudo o que sai são as minhas lágrimas. Eu não consigo machucar mais ele assim.

— Jay, — Abaixo o olhar e ele aperta minha mão tentando me passar confiança. — se eu fizesse algo ruim, você me promete que cuida do Carter?

— Que isso, Ariana? Do que você ta falando? — Ele se desespera e eu nego diversas vezes. — O que ta acontecendo?

— Você me promete que vai cuidar do Carter? — Pergunto desesperada. — Promete pra mim que você vai amar ele, e que jamais vai deixá-lo na mão.

— Você ta me assustando. — Justin diz.

Eu nego e solto sua mão. Justin me puxa para um abraço e eu me sento em seu colo. Ele seca as minhas lágrimas e fica encarando o meu rosto. Suas mãos estão na minha cintura, e as minhas estão em seu peito. Meus olhos estão baixos, eu não consigo olhar pra ele.

— Você vai me abandonar? — Pergunto baixo.

— Eu não posso. — Justin diz. — Eu já fiz isso uma vez e, por Deus! Eu quase morri! Não posso deixar a pessoa que eu amo. Eu amo você, Ariana. Não importa o que aconteça.

— Você vai me abandonar. — Afirmo. — É só questão de tempo.

— Eu não to te entendendo, Ari... — Ele franze o cenho.

— E nem pode... Nem você e nem ninguém vai entender. — Fecho os olhos e reprimo o choro.

— Então me ajuda a te entender. — Ele segura o meu rosto. — O que ta rolando?

— Eu costumava ser tão forte... O que aconteceu comigo? — Pergunto mais pra mim, do que pra ele.

— Ele te machucou, Ari. — Nego.

— Ele não pode levar a culpa. Fui eu quem estraguei a minha vida, e agora eu estou por um tris de perder a pessoa que eu mais amo no mundo. — Respiro fundo. — Todos que se aproximam de mim, acabam morrendo ou se machucando. Primeiro foi o meu pai, depois você, depois o Ryan, e agora o Carter. Ele não pode ficar com a guarda do Carter, meu filho não merece isso, Justin.

— Hey, calma! — Justin interviu. — Vai dar tudo certo. A juíza vai ver que o Carter é bem mais feliz com você.

Justin passou o polegar nos meus lábios, e sorriu. Eu sei o que ele queria, e eu não negar que eu também quero. Mas Carter está dormindo no quarto, ele pode chegar e nos ver aprontando, não seria a melhor ideia. Ele se aproxima mais, e beija meus lábios. Eu correspondo o beijo na mesma intensidade que ele. É sempre diferente com o Bieber, parece sempre uma primeira vez. Ele causa aquelas malditas borboletas no meu estômago e eu amo isso.

— Jus — Murmuro entre o beijo. — Eu não to legal.

— Eu posso ser a sua distração hoje. — Ele diz beijando meu maxilar e meu pescoço. — Só me avise quando eu cruzar a linha. Não quero te assustar.

— Porra. — Sorri. — Definitivamente, eu te amo!

Justin se importava comigo, e eu não via isso desde que ele foi preso. Louis nunca quis saber se eu estava bem ou mal, ele achava que ter uma mulher, significava ter sempre um boceta pra foder. Era como se eu fosse um objeto sem sentimentos. Com Justin, não é bem assim. Ele ama o prazer sim, mas ele não quer cruzar o limite. Ele quer que seja prazeroso para os dois, e isso torna o sexo mil vezes mais gostoso.

Talvez pelo tesão acumulado ou pela saudade que eu estava dele, eu mal me importei com Carter. Arranquei minha blusa e deixei que Justin lambesse meus seios. Ele se divertia, enquanto eu contia os gemidos de prazer. Eu mal conseguia respirar quando sua língua rodeava o biquinho do meu peito, era uma corrente elétrica que eu não sentia há muito.

— Alguém ta com muito tesão acumulado... — Ele disse sorrindo de lado.

Ele voltou para os meus lábios, e eu puxei sua camisa pra cima. Saí de seu colo e beijei seu abdômen. Desci os lábios e abri o zíper de sua calça, sem perder o contato visual. Justin acariciou meus cabelos e mordeu os lábios, estava reprimindo um gemido. Abaixei sua boxer e encontrei seu membro duro feito pedra. Bieber precisava disso tanto quanto eu, porque ele já estava sem sexo há anos.

— Eu não sou a única que ta com tesão guardado então! — Soltei a piadinha e vi brotar um sorriso nos lábios de Justin.

Comecei a fazer o meu trabalho, e vi Justin suspirar tomado pelo prazer. Ele parecia um anjo. Os olhos fechados, a boca entre aberta, o peito subindo e descendo rapidamente. Ele é perfeito, e nós nos encaixamos tão bem. Justin não se segurou, porque ele sabe que eu também preciso muito disso. Quando viu que ia gozar, ele puxou sua calça e pegou uma camisinha na carteira. Eu sorri.

— Você não presta, Bieber! Que tipo de pessoa guarda uma camisinha na carteira? — Pergunto divertida, enquanto ele rasga a camisinha e a coloca.

— O tipo de pessoa que está sedenta por sexo. — Ele se aproxima e me beija rápido. — O seu sexo.

Bom, pelo menos ele ta usando camisinha dessa vez.

Bieber sentou no sofá, e eu sentei em cima dele. Me encaixei em seu membro, e fechei os olhos tomada pelo prazer. Apoiei minhas mãos em seu ombro, e comecei a cavalgar. Justin estava com as mãos no meu quadril, mas ele logo as desceu para a minha bunda. Ele procurou os meus lábios, porque queria reprimir um gemido de prazer. Precisamos ser cuidadosos.

— Caralho, Ari! — Ele gemeu baixo.

Ele encarou os meus olhos, enquanto eu continuava me movimentando. Justin depositou um selinho nos meus lábios, e começou a estocar mais forte. Estávamos em uma posição, onde ele conseguia alcançar o meu ponto de prazer. E, porra, ele me conhece bem demais para não saber onde fica.

Justin estocou mais algumas vezes, mas eu sou incapaz de dizer, porque ele me fez ver estrelas. Quando me dei conta, estávamos deitados no sofá outra vez. Ele de boxer e eu com a camisa que estava usando para dormir. Ele estava fazendo carinho no meu cabelo, e eu sentia seu coração bater com a minha mão em seu peito. Nos braços dele, tudo parecia mais fácil. Fechei meus olhos, e descansei. Estava quase dormindo, quando ouvi Justin suspirar. Eu ia perguntar o que havia de errado, mas eu sequer precisei:

— Se você soubesse o tanto que eu te amo, você jamais duvidaria de si mesma, anjo... Eu queria que as coisas fossem mais fáceis pra você. As vezes eu queria tirar a sua dor... — Ele respira fundo. — Você é tão forte e frágil, ao mesmo tempo. Eu vou te proteger do mundo. Eu nunca vou te abandonar, mesmo que você tenha cometido o maior erro do mundo. Eu te amo, Ariana. Te amo hoje, vou te amar amanhã e vou te amar pra sempre... Droga, eu já to falando sozinho! O que você fez comigo, meu amor?

Eu não sei porque, mas isso me acalmou. E eu consegui dormir.

𝑷𝑶𝑰𝑵𝑻 𝑶𝑭 𝑽𝑰𝑬𝑾  :::   𝒋𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora