Capítulo 23

2.1K 159 5
                                    


Noah

Depois de contar tudo pela terceira vez para Diana ela ainda me olhava como se eu fosse louco.

- Só diz se você entendeu ou não. - Disse já cansado.

- Entendi.... - Ela disse meio lento e com uma careta engraçada.

- Então diz.

- Bem, meu pai é o Artista? - Ela perguntou e assenti. - Ele fez uma máquina do tempo, e agora estamos no futuro, porque...

- Eu sou do futuro e tinha uma missão para completar na sua época.

- Tinha? Você já a completou? - Ela perguntou meio receosa, eu sei o que ela está pensando, e quando ela falou isso em voz alta agora piorou, eu vou ficar no futuro e ela no passado.

- Já. - Eu vi o brilho que ela tinha nos olhos saindo, acho que ela já entendeu.

- Então, pelo menos enquanto eu estou aqui é bom conhecer o mundo do século 23. - Disse sorrindo, mas o clima tenso entre nós prevaleceu.

- Sim, eu vou te mostrar tudo. - Disse e sorri, por enquanto não vamos falar sobre isso.

* * *

- Nossa, que sol quente! - Diana disse quando saímos do meu apartamento.

- Pois é, sem a camada de ozônio é uma bosta né?!

- Não teve jeito de salvar?

- Teve, mas quando se descobriu era tarde demais, hoje a gente cuida do restinho que sobrou dela, mas o sol não perdoa. - Disse rindo, mas realmente o mundo sem aquilo era horrível, eu vi como era bom no século 21.

- Desculpa... - Ela disse dando um sorriso tímido enquanto andávamos até o final da rua para pegar um taxi.

- Porque? - Disse rindo também.

- Sei lá... é meio que nossa culpa, eu que vivia lá, e...

- Uma pessoa não faria diferença, está tudo bem Di. Agora eu quero te levar para um lugar. - Disse e a puxei para andarmos mais rápido e por sorte logo um taxi passou.

Fomos para a minha antiga casa que estava abandonada, ela me pertencia ainda, mas evitava ir, mas de lá se tinha uma boa vista da cidade, que agora abrigava vários arranha céus, no começo era estritamente proibido, porém a população mundial cresceu e mais lugares precisavam ser feitos para abrigar esse tanto de gente. Mas depois da guerra os prédios ficaram quase todos vazios.

- Uau, que cidade bonita. - Ela disse olhando para fora da janela do taxi.

- Pois é, aqui é até arrumadinho...

- Aaah porque a água é azul? Você não me respondeu...

- Bem a água ficou bem escassa, então botamos selênio para "render" e até hoje é usado bem legal né?

- Desculpa...

- Os problemas ambientais que temos aqui não são sua culpa... - Disse dando um sorriso e ela correspondeu.

Logo chegamos a casa, e ela logo viu a foto dos meus pais.

- É a mesma foto que você tem no seu quarto...

- Meus pais, Elizabeth e John. - Senti uma lágrima escorrendo pela minha bochecha, por isso que não queria vir para cá.

- Noah...

- Olha daqui tem como ver melhor a cidade. - Disse tirando as atenções de mim.

- É lindo... - Ela disse olhando para mim, e eu vi de canto de olho, e acabei dando um sorriso.

Separados pelo tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora