Epílogo

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Muito, muito, muito tempo depois, para ser mais exato dois séculos e alguns anos.

Nicolas

Bem, olá, nunca falei com vocês por aqui e é até um pouco estranho, mas vamos lá. Primeiro eu queria falar como eu descobri toda a bagunça da minha família.

Quando o Noah, chegou lá em casa eu me lembro que fiquei meio receoso, ainda mais quando ele falou que era meu pai, me lembro pouca coisa a partir daí, mas uma coisa que eu tenho certeza é que quando eu cheguei no meu quarto chateado tinha um rapaz sentado na minha cama de carro de corrida e ele estranhamente me parecia familiar. Ele me disse tudo, onde meu pai estava nos meus dois primeiros anos e o porquê, e pelo incrível que pareça eu entendi e consegui perdoar meu pai, loucura eu sei, se eu não vivesse isso todo dia eu com certeza não acreditaria, então está nas suas mãos acreditar ou não, para quem não entendeu, eu me visitei no passado, e me fiz entender, estranho, eu sei.

Mas voltando a história, quando eu e minha mãe viemos para cá, eu achei meio estranho, também veja a cena, um menino de dois anos descobre que tem um pai e praticamente no mesmo dia se muda, não só de casa mais também de época, é não é uma coisa que se vê todo dia, minha mãe brigou um pouco com ele, mas depois que eles se beijaram (o que eu achei bem nojento na época, vale frisar) ela aceitou.

Um ano depois, da nossa mudança, meus pais se casaram, eu e a Victória entramos com as alianças, e vendo as fotos hoje éramos bem fofos, e até para mim o casamento foi lindo, aconteceu na praia e minha mãe estava linda como sempre, ela usou um vestido de renda solto e uma coroa de flores na cabeça, e eles mesmos fizeram os próprios votos. A cerimônia foi bem simples apenas com as nossas famílias e a família da Victória.

Aliás, falando da Vick, eu estou indo vê-la agora.

- Nick! - Gritou, pulando no meu pescoço e me abraçando com braços e pernas, e a abracei com a mesma força. Agora que eu moro há "alguns" anos de distância, nós só nos vemos uma vez por mês, as vezes nem isso, e essa é uma dessas vezes, faz uns três meses que não nos vimos.

- Oi linda. - Disse, a voz sendo abafada pela pele do pescoço dela que se arrepiou, e se distanciou de mim com as bochechas rosadas.

- Você morreu? - Me bateu com força no ombro. - Porque você não vem a três meses? - Disse com as mãos nas cinturas com se me desse um sermão, e agora que eu vi, ela está cheia de curvas e bem gostosa, mas balancei minha cabeça tirando esses pensamentos. Agora ela está perto de fazer 17 anos e eu quase 18. Passei a mão no ombro fingindo uma careta de dor.

- Eu só vou ignorar isso - Apontei para o meu ombro "machucado" - Porque foi ótimo esse abraço e te ver de pijama melhor ainda. - Pisquei um olho malicioso para ela.

- Quem é você e o que fez com o meu amigo? - Disse envergonhada.

- Desculpa. - Disse vendo que falei merda, bem acho que vocês merecem uma explicação, eu descobri a alguns anos uma paixonite pela Victória, mas depois de um tempo percebi que não era apenas isso, foi numa época que eu até me distanciei dela, principalmente depois deixar bem claro que não queria nada num episódio que prefiro não comentar agora, e bem, agora estou tentando fazer com que nossa amizade volte, e não conseguindo muito. Agradeço aos meus amigos da faculdade que me ensinaram a falar besteira (sim entrei na faculdade mais cedo).

- Está tudo bem. - Sorriu contida. Já era bem umas oito da noite e minha família já estava fazendo planos de vir visitar a tia Luna então resolvi vir um dia antes, estava de férias da faculdade e passar mais uma noite com a Vick não tinha problema nenhum aliás era um prazer.

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