Separados pelo tempo

Capítulo 20

E o nosso beijo foi só interrompido pela Luna, que batia na porta que nem uma doida, nós nos separamos devagar, mas mesmo assim ele ainda me deu mais um selinho, e depois levantei da cama e fui para porta.

- Oi Luna. - Disse meio lenta, ainda não tinha recuperado todos os meus sentidos depois daquele beijo, que cá entre nós, foi avassalador.

- Diana! Me ajuda na festa de hoje à noite? - Ela disse, quase implorando.

- Mas já teve uma ontem...

- Eu sei, mas hoje vai ser bem melhor, me ajuda? - Virei para encarar o Noah e ele ainda estava com um sorriso bobo nos lábios e certeza que eu estava na mesma situação, mas ele acabou assentindo para eu ir ajudar a Luna.

- Claro. - Voltei para dentro do quarto peguei uma jaqueta leve que tinha lá e dei tchau para o Noah com um beijo no canto dos lábios.

Noah

Sim, eu beijei a Diana, me julguem. Mas eu não consigo ficar longe dela, amizade é pouco para o que eu sinto por ela. E se minha vida já não fosse ruim o suficiente ainda tem essa: Ela é a obra prima do Artista, e agora eu tenho que descobrir o porquê. Por mim eu ficava beijando ela o dia inteiro, mas eu realmente precisava entender toda essa história mais a fundo, e graças a Deus a Luna chegou pedindo a ajuda dela.

Mal ela saiu do quarto e eu já peguei o meu computador na minha mala e comecei a investigar cada parte desse quebra cabeça, e a primeira foi o artista, não foi nada fácil e acho que eu passei bem uma hora e meia só para conseguir toda a história da vida dele. Por sorte eu consegui usar o computador da minha própria época e ver as notícias de lá também. Finalmente eu achei um blog, eu sei isso é muito ultrapassado até mesmo para o ano em que estou, agora imagina para o século 23?!

Pelo que entendi era um blog de fãs da história, eu sei loucura não?! Mas o post era curto e direto:

" Robert Sanduhr, esse era o nome de um cara que para os nossos dias é de suma importância. Não se sabe ao certo a história dele antes de mudar o nome, mas de acordo com algumas testemunhas e de provas tiradas dos Agentes na sala de arquivos ele tinha um filho e possivelmente uma mulher, mas nada comprovado até hoje.

Agora você deve estar se perguntando, 'Quem é esse zé ninguém?' Pois irei te responder agora, ele é ninguém menos que Robert Blanks Sanduhr, isso mesmo um dos criadores da máquina do tempo, ou melhor, irmão do criador..."

O post se estendia mais, mas quando eu li aquilo minha boca se abriu num 'o' completo, o pai da Diana fazia parte da minha árvore genealógica sendo quase como um tio avô, ele é meu.... Ela é a minha.... Meu Deus!

Eu queria ler mais, eu precisava ler mais, mas o blog foi fechado, pelo os Agentes, e aí que a ficha caiu, a pergunta importante finalmente saiu: O que eles queriam com a Obra prima (que agora eu sei que é a Diana) do Artista? Quer dizer do meu tio avô?

Eu continuei a tentar achar alguma coisa nos sites, blogs e tudo que eu achava pela frente, mas alguém estava me barrando em todos os meus acessos. Então resolvi fazer a moda antiga, peguei um papel e caneta e comecei a refazer todos os cálculos que eu sei que o meu tio avô fez, e quando estava a ponto de acabar eu não achava a última questão, o número que faltava para eu conseguir fazer uma máquina do tempo, pelo menos a parte teórica. Fiz e refiz a conta, umas quarenta vezes e mesmo assim não achava o algoritmo final.

Quando eu ia repetir pela quadragésima vez o cálculo a Diana entrou no quarto.

- Vai ficar no quarto o dia inteiro? - Ela perguntou num tom de brincadeira, e eu acabei rindo e relaxando um pouco, nem tinha percebido que depois de tanto pesquisar e fazer contas eu fiquei tenso. - Quer descer para entrar na piscina?