Capítulo 26

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Diana

3 Semanas, 21 dias e não sei quantas horas. Esse é o tempo que eu e o Noah estamos no "passado", sim passado entre aspas porque o "passado" é só para ele, para mim, esse é o agora, mas mesmo que eu esteja falando agora sobre isso esse é o único assunto que nós dois não tocamos.

Por três semanas conversamos sobre tudo, ele até me pediu em namoro de uma forma muito romântica.

Depois que voltamos, a minha primeira reação foi gritar, mas depois me veio um enjoo tão grande que eu fui correndo para o banheiro, e nesse lindo momento que ele segurava o meu cabelo para eu vomitar tudo que tinha comido no vaso ele perguntou se eu queria namorar com ele. Lindo, não é? Sim, pensei sarcasticamente.

Mas agora eu e ele estamos tomando coragem para levantar da cama, eu vou para a escola e ele vai conversar com a Allie, sim conversar, porque só os deuses sabem o que eles fazem enquanto eu estou na escola, mas pelo que eu entendi, das várias vezes que eu perguntei para o Noah isso, é que eles estão arrumando o tempo deles para um futuro melhor para todos, não sei vocês, mas não me respondeu nada.

- Nós vamos ter que levantar Noah.... - Choraminguei com o rosto encostado no peito nu do Noah, enquanto o despertador gritava do meu lado.

- Desliga o despertador amor.... - Desliguei e encarei ele.

- Levanta!

- Não, e você também não vai levantar! - Ele disse passando os braços pela minha cintura e me segurando ali.

- Me solta! - Gritei meio sussurrando, bem para quem não entendeu, eu e o Noah estamos dormindo juntos todo dia, mas na minha casa, coisa que minha mãe não sabe. E tirando uma vez que o Noah quase quebrou o pé enquanto fazia a proeza de pular da janela do quarto dele para o meu, está tudo correndo bem.

- Fica aqui, por favor só hoje.... - Ele disse ainda de olhos fechados, mas falou mais sério que o normal, e o meu sorriso acabou.

- O que foi amor?

- Nada, só fica comigo hoje. - Ele olhou para mim e sorriu, mas um sorriso triste.

- Noah, o que foi? - Eu já estava preocupada.

- Têm como você ficar? - Ele disse com a voz fraca, evitando olhar diretamente para mim.

- Acho que não amor, hoje eu tenho prova, mas me fala porque você está assim....

- Não é nada. - Forçou um sorriso, e me deu um beijo na testa. - Vai fazer a prova, depois a gente se fala. - Ele ia saltar pela janela para ir para o quarto dele, mas antes eu levantei e o puxei para um beijo, nós dois estávamos apenas de roupas íntimas.

- Eu te amo muito. - Disse depois que nos separamos.

- Eu sei. - Ele deu um sorriso e juro que vi uma lágrima, mas ele virou o rosto antes de eu ter certeza. - Eu preciso ir. – Porque ele não disse que me amava também?

- A gente se vê mais tarde? - Perguntei.

- Claro... - Ele respondeu normalmente e saiu, o que me chateou e preocupou ao mesmo tempo. Porque? Bem simples, uma coisa idiota que a gente fazia era que toda vez que eu fazia essa pergunta ele respondia 'sempre', o que era mais um trocadilho pelo fato de que na "nossa realidade" existem máquinas do tempo, mas resolvi ignorar esses pensamentos e me arrumar para a escola.

- Bom dia. - Falei para minha mãe após descer para a cozinha de uniforme e com um sorriso contido, acho que minha cabeça não vai estar das melhores depois da quase discursão, ou a falta dela, de hoje de manhã, para falar a verdade nem sei o que foi aquilo, mas parece que não foi nada bom.

Separados pelo tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora