Falling For Ya

Capítulo 11 - I'm Falling for ya

Entrei nos corredores do Hospital sem rumo, sem saber para onde ir, não sabia onde o Draco se encontrava. Andei por 5 corredores e não o encontrava, até que desisti e fui perguntar a recepcionista que me falou que ele estava na ala infantil, mas que já estava voltando por causa de uma cirurgia que ele iria realizar e me indicou um corredor pelo qual ele iria passar. Me direcionei para o local que ela falou e tentei me acalmar, mas não estava conseguindo, e se ele não me perdoar? E se ele me ignorar? Não, ele vai me escutar, nem que eu tenha que o obrigar..., mas o que eu vou falar para ele? Merlin, eu não me preparei. Por conta da ansiedade comecei a andar pelo corredor, não conseguia ficar parado. Acho que eu não consigo o encarar...

— Merlin Harry! Vamos use toda a sua coragem grifinória e fale com Draco, você enfrentou Voldemort, você matou um basilisco aos 12 anos de idade, vai ser fácil falar com o Malfoy, certo? – parei por um segundinho colocando a torta em cima de um banco que tinha lá antes de bagunçar os cabelos – errado! Completamente errado! Draco é mil vezes pior! – soltei um gemido de frustação

— Tem tanto medo de mim assim Potter? – escutei aquela voz melodiosa que sempre me arrepia, dei um sobressalto e o olhei.

— Caralho Draco você quer me matar do coração antes que eu possa me desculpar? – coloquei a mão no meu peito e só conseguia sentir os meus batimentos acelerado e tentando regular o meu folego.

— Você veio até aqui só para se desculpar comigo? – me questionou, oras Malfoy, se eu conseguir falar alguma coisa sem desmaiar antes .

— Hã... Sim?... Se você aceitar as minhas desculpas sim? – respondi com a voz meio fraca, estou sentindo até as minhas bochechas corando, ele deve me achar um tolo, mas eu tenho uma carta na manga – Eu te fiz sua torta preferida, eu não né, os meus filhos, mas bem, você entendeu, eu trouxe torta de maçã – argh, porque eu sou assim? Não consigo explicar sem embolar.

— Vamos conversar? Sem medo Harry – ele pegou na minha mão...na minha mão! Merlin, suas mãos são tão macias, do jeito que eu lembro.

— Vamos.

Firmei a minha voz e me obriguei a me acalmar, não posso ficar desse jeito humilhante na frente dele, eu consigo. Caminhamos até uma sala vazia, ele sentou na maca enquanto eu fiquei em pé, minha ansiedade era muito grande para eu ficar sentado, e antes que desse por mim, já estava vomitando palavras nele

— Primeiro de tudo eu gostaria de me desculpar por invadir a sua privacidade, eu não deveria ter aberto o caderno de forma alguma, aquilo era algo seu e não importa onde estava eu deveria ter respeitado e deixado quieto, segundamente eu queria me desculpar por não ter conseguido me explicar na hora, eu fiquei tão apavorado com a ideia de você brigar comigo que nem consegui me desculpar direito na hora e por último mas não menos importante, eu entendo completamente se você quiser manter distância de mim, só por favor não peça para o Scorpius se afastar do Albus, eu acho que ele morreria sem o seu filho por perto – falei tudo que eu podia, sem parecer desesperado, estava receoso com a sua resposta tanto que não conseguia fixar meus olhos nele, alternava a minha visão nele e no chão, até que o ouvi falar.

— Sabe Harry, depois que você saiu eu certamente tinha decidido que nunca mais iria colocar os meus olhos em você, nem que você me desse todo o dinheiro do mundo, mas Bruno conversou comigo e me fez perceber que eu estava me precipitando. Fiquei muito chateado na hora, porque aquele era o segredo que eu guardava a sete chaves e do nada você descobriu, eu me senti envergonhado, com raiva, mas então notei que se fosse uma situação contrária, se eu tivesse no seu lugar, eu teria feito a mesma coisa, eu teria aberto o caderno, lógico que eu não seria pego, mas eu cometeria o mesmo erro. Então, eu te perdoo Harry, e não se preocupe o Scorp e o Albus ainda vão se ver e muito – por toda a sua fala ele me olhava nos olhos, aqueles lindos olhos cinzas me encaravam e ali eu soube que eu não conseguiria sobreviver sem o seu perdão e que nunca mais o magoaria. Fiquei tão feliz com a sua resposta que eu não aguentei e o segurei forte em meus braços e o rodopiei ali mesmo na sala, é tão bom tê-lo nos meus braços.