Capítulo 4 - Malfoy

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Passei algumas boas horas dormindo naquele sofá, não tanto quanto eu precisava para descansar mas foi o suficiente para não me fazer cair de sono ao acordar por volta das 4:30 da manhã.

Olhei as crianças e percebi que elas ainda estavam dormindo, James em sua cama, Lily em seu sofá, Albus e Scorpius agarrados na mesma cama, esses dois resultariam em um belíssimo casamento.

Pensei que talvez tomar um café me faria bem, além de que eu precisava achar algum jeito de avisar Ron, Hermione e até mesmo o ministro de que precisaria deixar o trabalho para uma semana deixando meu amigo no meu lugar, sabia que Shacklebolt não iria falar negar um pedido de folga do salvador do mundo bruxo.

Me levantei e senti minha coluna inteira se estralar, ok, talvez eu estivesse precisando de um médico para fazer um check-up, a rotina agitada estava me fazendo ter a coluna de um velho de 100 anos.

Eu só não contava que meu péssimo senso de direção me fizesse demorar tanto para achar o bendito refeitório daquele hospital. Ótimo a demora havia compensado pelo delicioso cheiro de café fresco e quente que estava naquele lugar.

Peguei um dos maiores copos do lugar e o enchi até a tampa, virei de costas procurando algum lugar para sentar e comer algumas panquecas, eu não havia comido nada desde a hora do almoço do trabalho de ontem e meu estomago roncava tão alto que poderia acordar todas as pessoas dormindo naquele hospital.

Meus olhos se focaram em um cabelo loiro que eu reconheceria a milhares de quilômetros de distância e eu decidi que seria uma boa ideia fazer companhia ao Draco para que ele não se sentisse sozinho, além de que eu não sabia onde era sua casa.

— Meio cedo para um almoço não acha? – perguntei olhando a salada no seu prato.

— E meio tarde para uma janta – falou me vendo puxar a cadeira que estava ao seu lado para me sentar.

— Vida agitada? – sorri vendo seus olhos azuis se encontrarem aos meus.

— Só um pouco – ele riu – Scorpius se comportou?

— Dormiu igual um anjo agarrado ao Albus, seu filho ama o meu.

— E o seu não desgruda do meu.

— Albus gosta muito do Scorpius, isso é um fato, mas também não tiro a razão do meu filho – ele pareceu se surpreender – Scorpius é adorável e provavelmente deve ser muito amado na escola, Albus vive reclamando de ter que dividir o amigo com os outros meninos da sala.

— Ouvir isso me causa um alivio inexplicável.

— Como assim?

— Depois da guerra o nome Malfoy passou a ser mal visto pela sociedade bruxa Potter, então tive medo de que quando Scorpius crescesse fosse rejeitado pelas pessoas, por isso o criei da forma mais amorosa possível, para que ele saiba que independentemente de tudo sua família sempre estará lá para ele, como a minha não esteve durante toda a minha vida – Draco soltou um suspiro triste e eu não segurei meu impulso de pegar em sua mão.

— Fico feliz em te dizer que sua missão foi cumprida, mas que Scorpius sempre terá meu filho como amigo, nunca vi Albus amar alguém que não fosse da sua família na mesma intensidade que ama o seu filho – tranquilizei-o ainda sem tirar minha mão da sua.

— Acho que seremos da mesma família então – Malfoy deu risada, e eu o olhei sem entender muito bem – oh por Merlin Harry abandone a lerdeza por alguns minutos, eu quis dizer que mais cedo ou mais tarde nossos filhos irão ficar juntos.

— Scorpius também ama Albus?

— Mais do que eu consigo descrever para ser sincero – Draco balançava a cabeça em negação – mas isso é tudo culpa do Albus, ele está roubando o coração do mini Malfoy.

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