SINOPSE:
Uma rainha coroada, duas a caminho e uma completamente inesperada – a coroa foi ganha, mas a briga está longe de terminar.
Os brutais acontecimentos do Ano da Ascensão levaram a uma nova Rainha Coroada. Por toda a Ilha de Fennbirn, porém, fala-se na maldição daquela que foi escolhida pela Deusa para governar, e na possibilidade de suas irmãs ainda estarem vivas – algo que, pela ordem natural da ilha, jamais deveria acontecer. No continente, as rainhas supostamente mortas lutam para construir um futuro longe de tudo que perderam. Mas a ilha as alcança na forma de visões da lendária Rainha Azul, morta há centenas de anos.
Ao mesmo tempo, a névoa que envolve Fennbirn parece ter se voltado contra seu próprio povo, que culpa a Rainha Coroada. Mas a rainha não está disposta a perder o que lutou tanto para conquistar – e sabe que pode contar com a ajuda de forças ocultas para se manter no poder. O que ela não conta, porém, é com uma quarta rainha, que desponta da revolta dos ilhéus. Em meio a tantas incertezas, apenas uma coisa fica clara: não há como escapar dos desígnios da ilha.O QUE EU ACHEI?
Olha, eu não sei nem por onde começar.
Depois da decepção que foi "Um trono negro", comecei essa leitura após uma semana sem ler nada, e também sem esperar grandes coisas da história. Infelizmente, eu estava certa.
No começo do livro, Arsinoe e Mirabella estão no continente e Katharine em Fennbirn, e até aí não acontece muita coisa interessante. Porém, as coisas mudam quando Arsinoe passa a sonhar com a Rainha Azul, que nasceu 400 anos antes dela, e a névoa que protege Fennbirn começa a se erguer e matar as pessoas da ilha. No primeiro livro, a Rainha Azul já havia sido citada, mais de uma vez, inclusive, e essas citações foram tão bruscas que ficou óbvio que, mais para frente, o enredo giraria em volta disso. Claro que eu não fiquei surpresa quando o que eu imaginava se confirmou. A história seguiu, com os sonhos de Arsinoe a perturbando toda noite. A autora tentou fazer um mistério sobre os sonhos, mas para mim ficou mais do que cristalino quem era e como a maior parte das coisas havia ocorrido. Apenas uma coisa ou outra me surpreenderam nessa questão. O que eu senti de verdade foi um pouco de medo, já que um espírito começou a aparecer e eu lia o livro de noite, mas nada que me impedisse de prosseguir com a leitura.
O que acontece com o enredo do livro só pode ser descrito de uma maneira, na minha concepção: imaginem que vocês estão em um carro no banco do carona e que, no último segundo, a pessoa que está dirigindo resolve fazer uma curva sem aviso prévio e o seu corpo tem que se adaptar bruscamente àquela curva. Agora imaginem que isso acontece constantemente. Foi assim que eu me senti enquanto lia esse livro. Isso também aconteceu nos outros, mas foi muito mais recorrente nesse. Kendare Blake simplesmente jogava as informações na nossa cara, sem nem ao menos trabalhar em alguma hipótese dela. Eu sei que já falei sobre isso na resenha do primeiro livro, assim como também já falei da escrita apressada da autora. Só estou voltando nesses pontos porque a) estão acontecendo cada vez mais e b) estão tirando totalmente a potência da história.
Além de tudo isso, percebi apenas agora que a autora tem a péssima mania de, nas últimas 15 páginas, escrever algo que nos faz ficar cheios de dúvidas que só serão respondidas no próximo livro. Óbvio que eu sei que isso é uma técnica dos escritores para fazer com que os leitores continuem a ler a saga, e acho que essa técnica teria funcionado muito bem, se Kendare não escrevesse como se tivesse pressa de terminar o livro. Para completar, a autora trabalha de forma péssima de descrição e troca de sentimentos e lugares. Houveram momentos um pouco depois da metade do livro em que a troca de local dos personagens era tão inexistente que era como se eles tivessem se teletransportado para outro lugar. Sobre a descrição de sentimentos, não tenho muito o que falar, só que ela realmente está em falta, não só nesse livro, mas na saga inteira. Me entristece muito admitir que não espero grandes coisas para o desfecho da saga.
QUANTO TEMPO EU LEVEI PARA LER?
Uma semana. A história não me prendeu o suficiente para terminar o livro em três ou quatro dias, como aconteceu com os dois anteriores. Além disso, demorei uma semana para pegá-lo para ler por conta do final do segundo livro.É IGUAL AO FILME?
Não existe nenhuma adaptação audiovisual de nenhum livro da saga e eu realmente agradeço por isso.RECOMENDO?
Se você quiser ler para saber o que acontece, assim como eu, que vou ler a saga inteira, então sim. Mas particularmente, não acho que seja um livro que valha a pena.AS FRASES QUE EU MAIS GOSTEI:
"Sombrinhas — ela resmunga. — Vestidos com babados e joguinhos idiotas. É só isso que as garotas têm para fazer aqui. Beber chá e rodar uma sombrinha até se casar. — E se casar, no continente, significa obedecer. Se há uma palavra no mundo que sempre irrita Arsinoe, é essa."- página 41.
"Quem é ela aqui? Não é a Rainha Arsinoe, criada como naturalista e que descobriu ser envenenadora. Agora ela não é nada. Uma rainha fugitiva e sem coroa."- página 42.
"Muitas garotas são mais bonitas que você, Joseph responde em sua cabeça. Mas nenhuma delas é você."- página 42.
"Arsinoe sorri. É o que ele diria se estivesse aqui. Se pudesse passar um braço pelo seu ombro e apertá-lo. Se não estivesse em um caixão, enterrado."- página 42.
"Envenenadora de berço, naturalista de coração."- página 53.
"E Jules sabe que não há nada que um guerreiro ame mais do que correr para uma batalha com poucas chances de vitória. É onde está a glória, eles dizem. É onde nascem os heróis."- página 74.
"Você não pode tirar o trono de linhagem de rainhas que têm direito a ele."- página 110.
"Você já tem soldados, Jules Milone. Agora eles só precisam te ver em carne e osso."- página 116.
"Semear medo em cima de desgosto cria ódio. E ódio faz com que as pessoas sejam capazes de atacar."- página 152.
"O toque de Pietyr é um balsamo que a traz de volta para seu próprio corpo."- página 153.
"Algumas pessoas deixam um vazio muito grande quando se vão."- página 192.
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O que dizer sobre?
RandomJá sentiu aquela sensação de quando você termina de ler um livro e quer falar sobre ele com alguém, mas ninguém que você conhece leu o mesmo livro? Pois é, foi essa a sensação que eu tive quando a ideia desse livro veio. Aqui vou dar a minha opinião...