SINOPSE:
No último volume da trilogia A Rebelde do Deserto, Amani vai se deparar com a escolha mais difícil que já teve que fazer: entre si mesma e seu país. Quando a atiradora Amani Al-Hiza escapou da cidadezinha em que morava, jamais imaginava se envolver numa rebelião, muito menos ter de comandá-la. Depois que o cruel sultão de Miraji capturou as principais lideranças da revolta, a garota se vê obrigada a tomar as rédeas da situação e seguir até Eremot, uma cidade que não existe em nenhum mapa, apenas nas lendas ― e onde seus amigos estariam aprisionados. Armada com sua pistola, sua inteligência e seus poderes, ela vai atravessar as areias impiedosas para concluir essa missão de resgate, acompanhada do que restou da rebelião. Enquanto assiste àqueles que ama perderem a vida para soldados inimigos e criaturas do deserto, Amani se pergunta se pode ser a líder de que precisam ou se está conduzindo todos para a morte certa.O QUE EU ACHEI?
É um bom encerramento. Bom de verdade. Daqueles que te deixa muito bem internamente quando termina, porque é bem fechadinho.
O desenrolar desse final é, ao mesmo tempo, lento e rápido. É uma guerra, em que as coisas acontecem depressa, porém um instante pode durar uma eternidade. Acredito que a autora tenha desenvolvido muito bem esse conceito, o que fez com que a experiência da possibilidade de que tudo fosse perdido no próximo segundo fosse o mais fiel possível.
Os personagens mantiveram a evolução que tinha ocorrido no livro anterior, o que me satisfez muito. Entretanto, em alguns momentos, a Amani tinha alguns pensamentos um pouco incoerentes com a personalidade que tinha sido apresentada. Tudo bem que isso foi explicado depois, mas acho que, talvez, menos repetição dos pensamentos incoerentes tivesse se adequado melhor à personagem.
Confesso que, por mais que tenha gostado do livro, senti falta de alguns elementos serem melhores apresentados/desenvolvidos, como Eremot e a própria Destruidora de Mundos. Porém, ou o livro teria ficado muito maior, ou haveria um quarto livro para que esses elementos fossem acrescentados.
Agora uma coisa importante: chorei horrores. Eu não sou uma pessoa que chora facilmente lendo um livro, ainda mais uma fantasia, onde alguém certamente morrerá em algum momento. Mesmo assim, eu me apeguei tanto à determinados personagens que, quando eles partiram dessa para melhor, em um ato heroico para salvar seus amigos e companheiros de guerra, não pude impedir que as lágrimas rolassem pelas minhas bochechas e um bolo se formasse na minha garganta (inclusive, estou quase chorando agora só de lembrar).
Foi um livro bom e foi uma trilogia boa demais, do tipo que te deixa extasiada no final. Dei 3,5 ⭐ pro livro e pra história em geral. Essa foi uma das melhores histórias que li esse ano.É IGUAL AO FILME?
Ainda não há uma produção audiovisual, por mais que Willow Smith tenha adquirido os direitos em parceria com sua produtora, MSFTS Production, e também com a Cartel Entertainment, em 2017. Até então, não se sabe mais nenhuma notícia sobre o filme.QUANTO TEMPO EU LEVEI PARA LER?
Sete dias, mas pode tranquilamente ser lido em três.RECOMENDO?
Muito! Esse é o encerramento de uma trilogia que, com certeza, merece ser lida.AS FRASES QUE EU MAIS GOSTEI:
"Homens privilegiados não estavam acostumados a receber recusas."- página 116.
"Não fomos escolhidos para nada. Só nascemos, como todos os outros. Todos nós. Somos apenas um efeito colateral de imortais incapazes de resistir a mortais. Os supostos dons que nos dão são apenas poderes que muitas vezes nos despedaçam ou nos levam à morte antes de vivermos o suficiente para realizar qualquer coisa grandiosa ou terrível."- página 195.
"Eu estava no inferno e tinha ido até lá de livre e espontânea vontade."- página 218.
"Toda a rebelião dependia de um homem muito mortal."- página 233.
"Estávamos perdidos. Tínhamos chegado tão longe para então morrer na fronteira da liberdade."- página 237.
"Mas então ele se perguntou se um garoto do mar e uma garota do deserto poderiam sobreviver juntos. Temia que ela pudesse queimá-lo vivo ou que ele pudesse afogá-la. Até que finalmente parou de lutar contra o desejo e ateou fogo em si mesmo por ela."- página 319.
"Era muito mais difícil de acreditar que você podia perder uma guerra quando conseguia rir na manhã da última batalha."- página 322.
"Grandes histórias de amor terminavam em morte. Todas as histórias terminavam, mais cedo ou mais tarde. A nossa só terminaria mais cedo."- página 344.
"Eu só tinha vivido dezessete anos e, às vezes, não acreditava ser capaz de conter tudo o que tinha visto, vivido e pensado. Ninguém deveria ser criado para conter uma eternidade."- página 353.
"A guerra tomava vidas e mudava as dos sobreviventes."- página 366.
"Mas mesmo que o deserto esquecesse nossas mil e uma noites, saber que ele falaria sobre nós já era suficiente. Que muito tempo depois de nossa morte, homens e mulheres sentados em volta da fogueira ouviriam que uma vez, muito tempo atrás, antes de sermos somente histórias, nós vivemos."- página 378.
"Posso escrever o quanto for, mas uma história precisa ser lida para se tornar mais do que palavras (...)"- página 381.
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RandomJá sentiu aquela sensação de quando você termina de ler um livro e quer falar sobre ele com alguém, mas ninguém que você conhece leu o mesmo livro? Pois é, foi essa a sensação que eu tive quando a ideia desse livro veio. Aqui vou dar a minha opinião...