SINOPSE:
A estratégia do charme é uma comédia romântica encantadora sobre amores improváveis, aparências enganosas e personagens que precisam superar traumas e preconceitos para viver um conto de fada de verdade.
Dev Deshpande tem o trabalho dos sonhos: como o mais bem-sucedido produtor da história do reality show Para Todo o Sempre, ele cria contos de fada e ajuda os participantes a viverem uma história de amor perfeita. Mas seu histórico impecável fica ameaçado quando Charlie Winshaw é escolhido como protagonista da nova temporada. No papel, o empresário e prodígio da tecnologia parece o Príncipe Encantado perfeito, mas, na realidade, Charlie é o pesadelo dos produtores ― ele não acredita em amor verdadeiro e só aceitou participar do programa para recuperar sua imagem profissional após alguns incidentes.
Enquanto o programa os leva para destinos paradisíacos ao redor do mundo, Dev tenta ajudar Charlie a se conectar com alguma pretendente. No entanto, conforme os dois se aproximam, fica claro que a química entre eles não pode ser ignorada. Agora, precisam decidir qual história de amor contar: a que Dev fabricou diante das câmeras ou a que viveu com Charlie nos bastidores.O QUE EU ACHEI?
O início não prometeu nada, mas a história entregou tudooo!
Acho importante começar dizendo que só comprei o livro porque vi no TikTok que esse era o novo Vermelho, branco e sangue azul (que é meu livro favorito). Depois de ler a sinopse, pensei "ah, okay, é uma mistura de VBSA com A seleção, não tem como dar errado". E aí comecei a ler e a comparar cada mínima cena, cada personagem, cada narrativa, com o universo que Casey McQuiston criou, e querem saber? Eu me decepcionei, óbvio. A estratégia do charme não é um novo VBSA, e tudo bem, porque isso daqui não é uma competição. Por mais que o romance seja minimamente parecido, são histórias muito diferentes, com belezas, pluralidades e conversas únicas. E eu amo as duas mesmo assim.
Toda a construção do livro é absolutamente incrível de acompanhar! O cenário é um reality show, o que já é muito legal por si só, mas o mais divertido são os bastidores, porque eu, assim como boa parte da população, nunca presenciei como é por trás das câmeras de um programa. Toda correria, o glamour, as cenas, eu consegui visualizar tudo isso claramente. Na verdade, consegui visualizar o livro inteiro na minha imaginação. O que me leva a um ponto muito importante: a linha tênue entre ficção e realidade. Se essa história tivesse sido escrita de uma maneira um pouco menos lúdica, eu juro por tudo que teria acreditado que era real. Porém, em muitas partes dos diálogos, por exemplo, ficava evidente que era um livro e que ninguém falaria daquela maneira naquela situação na vida real. Acho que esse é o único "defeito" desse livro, de verdade.
Sobre os personagens, sério, tinha como serem mais perfeitos? O Dev é uma pessoa tão cheia de personalidade que eu fico triste que ele não exista para podermos ser amigos. E o Charlie, meu Deus, como descrever a fofura extrema de Charles Winshaw? Ele é aquele tipo de personagem que dá vontade de colocar num potinho e chutar a cara de qualquer um que tentar machucá-lo. O romance entre os dois evoluiu de uma maneira tão bonita e tão sincera que eu fiquei impressionada quando parei para pensar e percebi o quão fechados e mascarados para o mundo eles eram no começo. Claro que eles tem defeitos, e eu adorei vê-los, porque de certa forma, eles os fazem mais humanos.
Quanto a escrita da autora, eu gostei bastante também. É leve, envolvente e divertida. Se ela lançar mais algum livro, com certeza ficarei tentada a comprá-lo.
Dei 5 ⭐ pro livro e favoritei, coisa que é bem difícil de acontecer, então por aí vocês já conseguem ver como a minha experiência de leitura foi boa. A estratégia do charme teve tudo que eu eu mais amo num livro: romance bem escrito, lacrada nos preconceituosos, personagens imperfeitos e com problemas reais, assuntos sérios e bons conselhos sobre como lidar com eles, amizades verdadeiras, declarações de amor fofas, narrativas secundárias icônicas, surtos internos de fechar o livro e respirar fundo e, principalmente, teve um final feliz.SOBRE A ADAPTAÇÃO:
O livro acabou de ser lançado aqui no Brasil, e foi lançado no ano passado originalmente, então ainda não há nenhuma notícia sobre adaptações para o audiovisual. Porém, estou na torcida para que uma mobilização comece logo, nós precisamos dessa história na tela!QUANTO TEMPO EU LEVEI PARA LER?
7 dias, mas o ritmo é bem fluido, então dá pra ler em menos tempo, se quiser.RECOMENDO?
Claro que sim! Esse livro aumentou minha dose de serotonina consideravelmente.AS FRASES QUE EU MAIS GOSTEI:
"Por que eu vim aqui? Ai, meu Deus, sei lá, pelo mesmo motivo que todo mundo. Estou em busca do amor — o tipo de amor que a gente vê nos filmes e escuta nas músicas. Um amor que muda a gente, que supera qualquer coisa. Todos falam sobre esse tipo de amor então deve existir, né?"- página 42.
"— Não tem nada de errado em acreditar em finais felizes."- página 126.
"(...) ele queria ter um jeito de guardar esse momento. Queria preservar o beijo num disco de vinil e adormecer toda noite com o som da canção."- página 138.
"Aniversários são sempre uma armadilha de vinte e quatro horas para a ansiedade (...)"- página 145.
"Não consigo nem imaginar como seria se as pessoas que deveriam me amar incondicionalmente não me amassem, mas acho que, se eu tivesse sido criada como o Charlie, também teria muita dificuldade em acreditar que mereço ser amada."- página 152.
"Sinto que, a vida toda, me enfiaram em caixas diferentes com definições diferentes. Não sei se quero mais caixas."- página 170.
"Penso nele o tempo todo. Quero estar sempre conversando com ele, tocando nele, olhando para ele, e quero que ele olhe para mim de um jeito que eu nunca desejei ser visto antes."- página 171.
"A doença não tem lógica nem razão. Não precisa de uma tragédia catastrófica para virar a química do cérebro contra ele. Pequenas tragédias já são mais do que o suficiente."- página 176.
"— Quer saber, Dev? — diz Charlie, falhando em sua missão de não chorar na frente dele. — Para alguém que diz amar tanto o amor, você é muito bom em fugir dele."- página 221.
"Você é tão bom em ver o melhor nas outras pessoas. Queria que pudesse se ver desse jeito também."- página 240.
"Dev não tem um "felizes para sempre", mas se contentaria com pouco se isso significasse estar com Charlie. Porque a alternativa — perder Charlie — irá destruí-lo."- página 270.
"Assistir a si mesmo se apaixonando por Charlie é como se apaixonar tudo de novo."- páginas 296 e 297.
"— Eu não acho que felizes para sempre é uma coisa que acontece com a gente, Dev. Acho que é uma coisa que a gente escolhe fazer acontecer."- página 304.
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O que dizer sobre?
De TodoJá sentiu aquela sensação de quando você termina de ler um livro e quer falar sobre ele com alguém, mas ninguém que você conhece leu o mesmo livro? Pois é, foi essa a sensação que eu tive quando a ideia desse livro veio. Aqui vou dar a minha opinião...