O que dizer sobre?

Quinze dias

SINOPSE:
Felipe está esperando por esse momento desde que as aulas começaram: o início das férias de julho. Finalmente ele vai poder passar alguns dias longe da escola e dos colegas que o maltratam. Os planos envolvem se afundar nos episódios atrasados de suas séries favoritas, colocar a leitura em dia e aprender com tutoriais no YouTube coisas novas que ele nunca vai colocar em prática.
Mas as coisas fogem um pouco do controle quando a mãe de Felipe informa que concordou em hospedar Caio, o vizinho do 57, por longos quinze dias, enquanto os pais dele estão viajando. Felipe entra em desespero porque a) Caio foi sua primeira paixãozinha na infância (e existe uma grande possibilidade dessa paixão não ter passado até hoje) e b) Felipe coleciona uma lista infinita de inseguranças e não tem a menor ideia de como interagir com o vizinho.
Os dias que prometiam paz, tranquilidade e maratonas épicas de Netflix acabam trazendo um turbilhão de sentimentos, que obrigarão Felipe a mergulhar em todas as questões mal resolvidas que ele tem consigo mesmo.

O QUE EU ACHEI?
Fofooooooooooo!!!!!!!
Esse é o terceiro livro sobre romance gay que eu trago, e o segundo nacional. E, como as outras duas anteriores, essa história também trata de temas cruciais, como: bullying, gordofobia, homofobia, inseguranças, ansiedade e autoconfiança.
Quando comecei a lê-lo, confesso que não dava nada por ele. Porém, quanto mais os capítulos iam avançando e a história se desenrolando, eu ia ficando mais empolgada com os acontecimentos.
Mais de uma vez eu me coloquei na pele do Felipe, fosse por vergonha alheia, fosse por nervosismo. Era quase como se eu estivesse apaixonada também.
Amei todos os personagens, menos os praticantes de bullying, Jorge e Bruno. Eu realmente queria acabar com a raça deles, mesmo sabendo que os dois não existem. Ah, e a mãe de Caio, também não simpatizo com ela. Mas tirando essas três pessoas em particular, eu realmente amei todos os personagens, principalmente a mãe doidinha do Felipe. Ela é a minha favorita.
Caio e Felipe são o casal mais fofo que eu já na vida! Esse é o romance mais fofo que eu já li na vida! Só me pergunto o porquê de eu ter acabado o livro tão rápido.
O livro foi lançado em 2017 e eu realmente torço para que tenha uma continuação (Vitor Martins, por favor, escreva uma continuação!!!!).

É IGUAL AO FILME?
Infelizmente uma adaptação desse livro para o cinema ainda não foi realizada, mas espero ansiosamente por ela.

QUANTO TEMPO EU LEVEI PARA LER?
Três dias! Diferente dos outros livros, eu não lia esse só antes de dormir. Lia no ônibus, na escola, na recepção do dentista... basicamente em qualquer lugar que eu fosse demorar mais do que 15 minutos.

RECOMENDO?
Esse é um daqueles livros que todos os seres humanos deveriam ler. Ele é fofo e perfeito e eu recomendo muito!!

AS FRASES QUE EU MAIS GOSTEI:

"Sei que existem pessoas no mundo com problemas muito maiores que os meus, mas eu não costumo pensar no sofrimento dos outros quando estou vivendo meu próprio sofrimento na escola. O ensino médio tem sido meu inferno particular pelos últimos dois anos e meio."- página 7.

"Se a minha vida fosse um musical, agora seria o momento em que eu cruzaria o portão de saída da escola cantando uma música sobre liberdade e as pessoas na rua dançariam em sincronia uma coreografia bem ensaiada. Mas minha vida não é um musical."- página 10.

"O riso tem um som desesperador quando o motivo da piada é você."- página 30.

"Pela minha empolgação, parece que ele me fez cafuné e me deu um vale-beijo. Mas não. Foram só três palavras. E uma piscadinha."- página 33.

"Origami, gastronomia, malabarismo, dança do ventre. Não sou bom em nada! Talvez seja por isso que eu assista a tanto tutorial inútil na Internet. Acho que estou, inconscientemente, procurando alguma coisa que eu faça bem, mas na loteria dos talentos eu não marquei nenhum ponto."- página 34.