O príncipe dos canalhas

112 0 0
                                    

SINOPSE:

Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem de vida depravada e pecadora rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola. Nenhuma dama respeitável deseja qualquer compromisso com ele.

Acostumado à repulsa da conservadora sociedade parisiense, Dain fica confuso ao conhecer Jessica Trent, uma mulher liberal para a sua época, independente e segura de si. Recém-chegada à cidade, sua única intenção é resgatar o irmão, Bertie, da má influência do arrogante lorde.

Ela não se deixa abater por escândalos e muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro despertaria em Dain sentimentos há muito esquecidos, e que a inteligência e a virilidade dele poderiam desviar Jessica de seu objetivo.

Agora, com a reputação na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.

O QUE EU ACHEI?
Eu não sei direito.
Comecei a ler o livro muito convicta de que seria apenas mais um romance de época sobre inimigos que se apaixonam. Conforme a leitura ia avançando, eu me envolvia mais naquela história, mas não o suficiente para me fazer ficar completamente apaixonada. Era apenas uma história boa. Porém, quando chegou em determinada parte do livro, percebi que era um tipo de releitura de "A Bela e a Fera", o que foi confirmado algumas páginas depois. Acontece que esse é o desenho de princesa da Disney que eu menos gosto. Tentei continuar a leitura sem levar essa parte em consideração, mas para mim realmente foi uma queda de expectativas. Apenas no final que a história me ganhou de volta, e Loretta Chase teve a capacidade de me fazer adorar o livro nos últimos três capítulos!
O livro é muito bem escrito e tem uma premissa muito interessante, por mais que eu não goste de A Bela e a Fera. Entretanto, sinto que a história foi dividida em três partes, sendo que as passagens entre elas foram muito abruptas. Foi como se ela não tivesse amarrado as três partes uma a outra, apenas as grampeando juntas, deixando as frestas de fora. Isso foi o que mais me incomodou.
Quanto aos personagens, amei Jessica 90% do tempo e odiei Dain na mesma porcentagem. Ele era extremamente machista e grosso e arrogante, o que me fez querer bater nele sempre que aparecia. Apenas no final, quando "a Fera" já estava domada eu simpatizei mais com ele.
Sinceramente, gostei muito mais do final, que foi a terceira parte, do que do resto do livro. Para mim, a autora poderia ter enrolado menos no início, pulado o meio e desenvolvido mais o final, porque foi simplesmente delicioso de ler o que estava acontecendo e como a situação foi contornada. Principalmente, foi lindo ver que Dain realmente tinha coração e sentimento para outra pessoa que não fosse Jessica.
Por fim, encontrei alguns termos racistas e gordofóbicos, porém o livro foi escrito em 1995 e sinto que isso não seja algo que eu possa cobrar muito. Foi uma experiência de leitura bem interessante e divertida. Fechei a história com 3,5 ⭐, por mais que eu ainda não esteja muito certa quanto a essa nota.

É IGUAL AO FILME?
O livro não tem nenhuma adaptação audiovisual, porém como foi inspirado em "A bela e a Fera", existem diversas semelhanças como: os dois se passam em Paris, o marquês de Dain é tido como um homem com aspectos e humor de uma verdadeira Fera, o irmão da Jessica é burro igual Le Fou e venera o Dain como Le Fou venera Gaston, Dain mora em uma mansão meio afastada do vilarejo, Jessica lendo para Dain como Bela leu para a Fera, e a rosa, que é um objeto valioso no desenho, e no livro é uma pintura.

QUANTO TEMPO EU LEVEI PARA LER?
Levei oito dias. Em algumas partes a leitura avançava bem, mas em outras era um sacrifício.

RECOMENDO?
Incrivelmente, eu ainda não tenho uma opinião formada quanto a essa resposta.

AS FRASES QUE EU MAIS GOSTEI:

"Não fazia parte da natureza de lorde Dain amar alguém."- página 5.

"Mas esconder os sentimentos já havia se transformado em uma reação instintiva e natural."- página 13.

"Somente os covardes usam armas letais contra pessoas desarmadas."- página 66.

"Queria que ele ardesse por ela, assim como sempre quis que ele a fizesse incendiar."- página 185.

"É para isso que serve o talento do artista: fazer a pessoa pensar."- página 203.

O que dizer sobre?Onde histórias criam vida. Descubra agora