Capítulo 25.

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Estava deitado na cama, supostamente dormindo, mas não havia conseguido pregar os olhos. As lágrimas não pararam de escorrer em nenhum momento desde que eu havia deitado minha cabeça no travesseiro. Eu não sabia que desistir da vida era tão doloroso assim.

Pensei na mensagem que eu havia mandado para minha mãe e no bilhetinho que havia deixado para Zayn. Eu não queria alarmá-los e fazê-los pensar que eu tinha me entregado, mas eu precisava me despedir e sabia que pessoalmente não conseguiria.

Um vento forte entrou pela janela e, mesmo de costas, eu sabia que ele havia acabado de chegar. Não tinha o visto o dia todo, mas sabia que ele viria para me mandar fechar a janela caso eu a deixasse aberta.

Senti ele se aproximar de mim e levei as mãos ao rosto para enxugar as lágrimas. Não era assim que eu queria que ele me visse.

Virei para o outro lado e o fitei. Ele estava curvado sobre mim, com as mãos apoiadas na lateral da cama, me encarando. Ele não falou nada a princípio.

- Sabe que horas são? — ele disse.
Não olhei para o relógio. Não respondi sua pergunta. Em vez disso, sentei na cama, de frente para ele, e aproximei meu rosto do dele.

- Por onde você andou? — perguntei, minha voz falhando. Eu estava prestes a desmoronar.

Ele fitou meus olhos com intensidade. Sabia que havia algo de errado, ele podia sentir.

- O que aconteceu? — Louis perguntou.
Balancei a cabeça lentamente na negativa. Eu não tinha o que falar para ele. Se ele desconfiasse do que eu estava prestes a fazer, faria de tudo para tentar impedir.

- Nada — eu disse.

- Você está com medo — ele comentou.
Balancei a cabeça na positiva. Sim, eu estava morrendo de medo. Mas eu não podia fazer nada. Eu já havia decidido que seria assim. Não havia outra maneira de acabar com isso.

- Do que?

Eu só tinha que me despedir dele agora.
Uma lágrima escapou pelos meus olhos. Eu não sabia que seria tão difícil fazer isso. Por que estava doendo tanto?

- Não faz isso... — disse, fechando os olhos com força, como se fosse doloroso me ver chorar.

Olhei para o relógio, ele só tinha sete minutos. Respirei fundo. Era agora ou nunca.

- Senti sua falta — então extingui o espaço que existia entre nossas bocas. Louis correspondeu o beijo instantaneamente.

Eu não sabia se ele estava sentindo, mas para mim era tão óbvio que eu estava dizendo adeus. E isso estava me matando por dentro.

Enquanto puxava ele para mais perto de mim, pensei que aquele era o último beijo. O último toque. E depois daquela noite, nunca mais. Depois daquela noite eu iria desaparecer da vida dele, como se nunca tivesse existido, assim como ele havia desejado antes. Eu iria consertar as coisas da melhor maneira possível.

Segurei seu rosto entre as mãos e acariciei seu cabelo. Aquele fogo que ele sempre despertava em mim fazia meu estômago embrulhar e meu coração vibrar. Mas eu tinha que lembrar que aquele não era só mais um beijo. Era o último deles.

Chamas da Ilusão -L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora