Capítulo 23.

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Boa leitura, anjinhos :)

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Assim que entrei no quarto, encostei minha cabeça na porta e respirei fundo, toda essa situação estava me deixando farto. Me joguei na cama deixando as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, tentei não pensar em nada, apenas chorar, botar tudo para fora. Se eu me permitisse pensar, sabia que acabaria me afogando em mim mesmo.

Quando as lágrimas já haviam secado, levantei da cama e fui até o banheiro. Tomei um banho quente e demorado enquanto a conversa de Alex passava pela minha cabeça.

Às vezes a minha vontade era mandar tudo para o espaço. Fazer com que tudo desaparecesse e voltasse ao normal. Mas sempre que eu pensava assim, parecia que algo dentro de mim protestava. Acabar com tudo era a mesma coisa que fazer Louis sumir da minha vida. E eu, simplesmente, sem uma razão lógica, não queria que ele sumisse da minha vida.

Saí do chuveiro e vesti a blusa e o short que eu costumava usar para dormir. Eu não tinha intenção alguma de levantar da cama pelo resto do dia. Meu corpo e, principalmente minha mente, estavam cansados. Eu só precisava me desligar disso tudo e ficar em paz comigo mesmo por um tempo.

Passei pela janela fechada do quarto e a fitei pelo que pareceu horas. Eu havia começado a mantê-la fechada com medo dele entrar. Mas eu já não tinha medo que ele entrasse, porque ele já estava dentro de todas as maneiras possíveis.

Fui até a janela e a destravei, abrindo-a e deixando o vento fresco de uma tarde ensolarada entrar por ela. Eu tinha sentido falta daquilo. Era uma maneira de dizer que agora eu podia dormir em paz, sem medo do que poderia espreitar nas sombras durante à noite.

Eu não tinha mais medo da escuridão.

Eu estava apaixonado por ela.

Deitei na minha cama e me acomodei debaixo das cobertas. Fechei os olhos e deixei que o cansaço assumisse o controle. Rapidamente comecei a perder a consciência, caindo no sono.

...

Eu sonhava que estava sentado na beira do telhado de um prédio alto. Lá de cima eu podia ver os carros se movimentarem na rua abaixo de mim, como pequenas formigas. As pessoas não passavam de pontos pretos.

Eu balançava as pernas no ar e me inclinava para frente, tentando ver melhor o que acontecia lá embaixo. Eu parecia procurar por algo naquela imensidão.

Um relâmpago cruzou o céu escuro e iluminou o horizonte. Olhei para cima. Era engraçado como o céu parecia tão perto de mim. Eu jurava que podia o tocar se esticasse a mão o suficiente.

Quando outro relâmpago cruzou o céu, bem acima da minha cabeça, a vontade de tocar aquela massa cinzenta aumentou dentro de mim.

Me levantei do chão, ficando em pé e, lentamente, comecei a esticar a mão em direção ao céu. Senti que, quanto mais esticava a mão, mais quente o ar parecia. Mas não quente ao ponto de queimar, pelo contrário. Era um quente caloroso, reconfortante, que me fazia apenas querer esticar mais ainda a mão.

Estava quase chegando lá quando senti algo que me fez parar. Era uma sensação estranha, que vinha de dentro de mim, quase parecida com a sensação de se aproximar do céu.

Quente. Confortável. Caloroso. Intenso. Lindo.

Era ele.

Acordei em meio a escuridão do meu quarto. O vento entrava forte pela janela. Olhei no relógio na cabeceira da cama de Zayn. Eram três e quinze da manhã.

Chamas da Ilusão -L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora